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''O setor financeiro não paralisou as operações''

Por Leandro Mode
Atualização:

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fabio Barbosa, diz que os números do crédito em outubro mostram que as instituições financeiras não paralisaram as operações. Apesar das reclamações, o estoque de crédito cresceu 2,9% em outubro. Como avalia o número? É positivo. O setor financeiro continuou atuando no crédito em outubro e, segundo o Banco Central, em novembro também. O setor financeiro não paralisou, como em alguns momentos se pensou. Vale ressaltar que as liberações dos depósitos compulsórios pelo BC ajudaram os bancos a poder continuar emprestando. Por que toda a chiadeira, então? Porque houve uma paralisação no mercado internacional e no mercado de capitais. Como as empresas brasileiras não puderam mais buscar financiamentos nessas fontes, vieram para o mercado de crédito em reais. Houve um congestionamento. Criou-se, então, uma situação meio paradoxal, na qual havia a sensação de que o dinheiro não circulava. Ainda temos gargalos aqui e ali, mas a tendência é uma volta à rotina mais normal. Quais gargalos? O relatório do BC mostra os números médios, mas alguns setores foram mais afetados que outros. Há problemas pontuais aqui e ali, mas o mercado, aos poucos, vai acomodando essa nova demanda. Por que o crédito ficou mais caro? Em primeiro lugar porque o cenário ficou incerto. Ficou mais difícil dar preço às operações. Além disso, não se sabe como a economia se comportará. O segundo fator está ligado à demanda pressionada. Como encara as críticas de integrantes do governo aos bancos? Repito aqui uma frase que tenho dito: se o problema dos bancos fosse de má vontade, a solução seria fácil. Temos procurado ser parceiros do governo. Temos buscado o diálogo com entidades como a Anfavea para encontrar soluções.

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