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O turismo aposta no efeito Copa do Mundo

Por Clayton Netz
Atualização:

No ano passado, a indústria do turismo carreou US$ 5,3 bilhões em divisas para o Brasil, 8% a menos do que o obtido em 2008. Ainda assim, como efeito da crise mundial e tudo, trata-se do segundo melhor resultado na história do setor. "Desde 2003, com a criação do ministério do Turismo, o ingresso de dólares mais do que dobrou ", afirma o titular da pasta, ministro Luiz Barretto. Na esteira desse crescimento, aumentou a importância relativa do setor no balanço de pagamentos brasileiro: o turismo já é a quinta fonte de receitas externas do País, atrás das exportações de minério de ferro, soja, petróleo e açúcar. "Mas podemos e vamos continuar crescendo muito mais", afirma Barretto.O horizonte do Ministério do Turismo na área externa está voltado para os próximos quatro anos. Tem nome e sobrenome: Copa do Mundo de Futebol. Barretto está convencido de que, seja quem for o ministro em 2014 (de preferência ele ou alguém do seu partido, o PT), deverá contabilizar a entrada de cerca de 8 milhões de turistas, que desembolsarão pelo menos US$ 10 bilhões no complexo turístico nacional. "Na verdade, o efeito Copa do Mundo começa agora", afirma. Para este ano, a expectativa é de que os estrangeiros aportem pelo menos U$ 6 bilhões, pouco mais de 10% dos US$ 50 bilhões movimentado pela atividade, somados o turismo de origem interna e externa.Mas é no plano dos investimentos para melhoria e modernização do setor que deverá ser mais marcante a influência da Copa do Mundo. Nada menos de R$ 11 bilhões em projetos na área de hotelaria já estão anunciados pelas cadeias hoteleiras. "Somente a rede Accor pretende encabeçar a construção de 66 novos hotéis Ibis e Fórmula 1", diz Barretto. Segundo ele, além dos franceses do Accor, grupos espanhóis (Iberostar e Sol Meliá) e portugueses (Espírito Santo e Pestana) também ampliarão sua rede no Brasil. Grande parte dos recursos necessários deve vir dos investidores privados, mas também está prevista a participação de recursos oficiais. O BNDES, por exemplo, já separou R$ 1 bilhão para o financiamento da reforma ou construção de novas unidades até 2012. Barretto reconhece que dificilmente o setor será superavitário em suas contas externas no médio prazo - a fatura dos gastos dos turistas brasileiros lá fora é perto do dobro dos ingressos dos estrangeiros. O real supervalorizado é um dos motivos. No entanto, ele entende que o tal "efeito Copa do Mundo" deverá ajudar a transformar a indústria do turismo, atraindo um fluxo ainda maior de investimentos internacionais. "Nosso desafio é tornar o setor mais competitivo, tão interessante para o investidor estrangeiro quanto a construção civil ou o agronegócios", afirma.US$ 575 mi somaram as exportações brasileiras de alimentos e bebidas para a Argélia em 2009, de acordo com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira.DISPUTAQuem vai ficar com o nome Brasil Foods?Brasil Foods S/A ou Brasil Foods Ltda? A Brasil Foods S/A é o resultado da fusão entre as gigantes do setor de carnes Sadia e Perdigão, ainda em análise pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Brasil Foods Ltda é uma microempresa de Curitiba, no Paraná, que negocia farelo de soja. O detalhe é que a versão "Ltda" existe há 11 anos e possui o registro comercial do nome. O registro da versão "S/A" é BRF. O domínio da internet www.brasilfoods.com.br pertence à "Ltda". Já o www.brasilfoods.com é da "S/A".Acordo extrajudicialPara o advogado Walter Petla, sócio do escritório Petla Schimidt Advogados, os dois nomes são equivalentes e a lei não permite que estejam presentes no mesmo mercado. A microempresa paranaense entrou em contato com a BRF para resolver o imbróglio. "Até pelo porte das duas companhias, não nos interessa uma briga", disse Petla à repórter Raquel Landim. "Queremos um acordo extrajudicial." Segundo ele, a intenção é ceder o nome para a BRF por um período, cobrando uma espécie de aluguel, ou mesmo vender - mas não revelou por quanto. A BRF confirma que foi notificada e diz que o assunto está em análise.GENÉRICOS A EMS quer ser a primeira da fila A farmacêutica EMS já tem data marcada para o lançamento da versão genérica do Viagra, cuja patente foi extinta pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). "A patente expira no dia 20 de junho. Esperamos estar nas farmácias no dia 21", disse Waldir Eschberger, vice-presidente da EMS, à repórter Melina Costa. "Queremos ser os primeiros a entrar no mercado". Explica-se: segundo Eschberger , o EMS se prepara há três anos para lançar o sucedâneo do Viagra.AVIAÇÃOA Trip vai aumentar de tamanho A companhia aérea regional Trip, controlada pelos grupos de transporte rodoviário Caprioli e Águia Branca e pela empresa americana SkyWest, divulgou ontem seus números financeiros de 2009. No ano passado, a empresa faturou R$ 450 milhões e teve lucro de R$ 28,5 milhões. Em meio à euforia do setor aéreo, a Trip anunciou que pretende crescer 60% até o final do ano com a chegada de seis novas aeronaves, entre jatos Embraer e turboélices da fabricante francesa ATR.LOGÍSTICAHines abre centro de distribuição em ManausManaus ganha em maio o Distribution Park Manaus, o primeiro centro de distribuição em sistema de condomínio da capital do Amazonas. O empreendimento, que recebeu investimento de R$ 170 milhões, marca a chegada da incorporadora americana Hines na região Norte do País e tem capacidade para receber até 25 empresas. Antes mesmo da inauguração, apurou a correspondente Liège Albuquerque, o Carrefour e a motocicletas Kasinski já estão instalados no condomínio.

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