
20 de junho de 2009 | 16h29
Obama usou seu programa semanal de rádio e Internet neste sábado para defender sua proposta, apresentada na quinta-feira, que vai impor novas regras para o sistema financeiro. O objetivo é evitar a repetição de um colapso que derrubou a economia norte-americana, mas um reescrita tão complexa das regras enfrentará uma batalha no Congresso e a oposição de alguns líderes dos setor bancário e de seguros que encontraram falhas em alguns detalhes.
Dirigindo-se aos cidadãos norte-americanos, Obama focou-se em uma das partes do plano, a criação de uma agência reguladora para proteger os interesses das pessoas. "Isso é essencial", disse Obama. "Essa crise pode ter começado em Wall Street. Mas seus impactos foram sentidos pelos norte-americanos comuns que dependem de crédito, de empréstimos para a compra de imóveis e de outros instrumentos financeiros", afirmou.
A nova Agência de Proteção Financeira ao Consumidor vai cuidar especificamente da supervisão de hipotecas, exigindo que os credores deem aos clientes a opção de planos descomplicados, com cláusulas objetivas e acessíveis. A Agência, disse Obama, "terá o poder de criar regras novas e rígidas de forma que as companhias concorram pela oferta de produtos inovadores que os clientes realmente queiram e entendam". Segundo o presidente dos EUA, "você conseguirá comparar produtos, que serão descritos em linguagem simples, e ver qual é o melhor para você".
De uma maneira mais geral, as mudanças propostas por Obama começarão a reverter o afrouxamento da regulação federal promovido por Ronald Reagan nos anos 1980. Os líderes democratas do Congresso prometem a aprovação dos planos para este ano, mas isso dependerá em parte de como questões-chave serão debatidas no Capitólio, entre elas o papel do Federal Reserve.
"Eu sou aberto ao debate de como podemos fazer para ter certeza de que nossas regras favoreçam empresas e consumidores", disse Obama. "Mas o que eu não vou aceitar são aqueles que não argumentarem com boa-fé". Obama disse que se referia aos que defendem o status quo a qualquer custo. Ele não citou ninguém ou nenhum organização em particular, mas disse que já existe mobilização contra a mudança. As informações são da Associated Press.
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