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Obama anunciará amanhã pacote para reforma financeira

Por Suzi Katzumata
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que vai propor um "forte conjunto de medidas regulatórias" amanhã, mas alertou que as propostas da administração para fortalecer a supervisão de instituições financeiras e dos mercados e evitar um retorno do colapso financeiro serão um "trabalho difícil". "Será, efetivamente, um sistema muito mais integrado do que o anterior", disse Obama em entrevista coletiva à imprensa ao lado do presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak. "Mas será, como sempre, um trabalho difícil, porque existem pessoas que querem continuar assumindo aqueles riscos, contando com os contribuintes americanos para socorrê-los se suas dívidas derem errado. E você ouvirá muita conversa sobre ''não precisamos de mais regulamentação'' e ''o governo precisa sair de nossas costas''", afirmou o presidente dos EUA.Obama vai anunciar suas propostas para revisão da legislação financeira na Casa Branca amanhã. Ele disse que não quer "apressar" esse anúncio, mas deu garantias de que as propostas não vão acrescentar uma "multidão de agências regulatórias". Ao invés disso, a Casa Branca vai organizar e consolidar a supervisão para tampar os buracos na legislação e eliminar o risco "selvagem" que ameaçou a economia mundial, disse Obama. O plano da Casa Branca deve dar ao Federal Reserve (Fed, banco central americano) novos poderes para supervisionar instituições importantes ao sistema, permitindo ao governo desmembrar companhias que ameacem a economia mais ampla e criar um novo regulador para produtos financeiros ao consumidor."Temos de garantir que teremos um sistema regulatório atualizado. (A legislação) não foi modificada de forma significativa desde os anos 1930 para lidar com o enorme fluxo de capital global e uma variedade de novos instrumentos e risco que têm sido muito perigosos para o povo americano", disse Obama. "Esperamos que o Congresso se mova rapidamente para termos aquelas leis no lugar. Eu quero sancioná-las e colocá-las em vigor", acrescentou. As informações são da Dow Jones.

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