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Obama promete ação contra crise, mas depois da posse

Por ANDRÉ LACHINI E SUZI KATZUMATA
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O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta tarde, em sua primeira entrevista coletiva à imprensa após a eleição, que os EUA enfrentam o maior desafio econômico dos tempos modernos. Obama deixou claro que o presidente George W. Bush é o único responsável pela administração até 20 de janeiro, quando passará o cargo para o democrata. Ele não informou nenhum novo nome do seu gabinete. Ele defendeu, em primeiro lugar, um plano de socorro à classe média - em particular com a ampliação do auxílio-desemprego - e, em segundo, medidas que minorem o impacto da crise financeira sobre as empresas. Obama disse que a equipe de transição está trabalhando nessas questões e também em políticas para ajudar a indústria automobilística, um setor que agora sofre um forte impacto da crise. Obama disse que a aprovação do segundo pacote de estímulo à economia, que está sendo montado no Congresso pelos democratas para socorrer a classe média, "é a primeira coisa que eu farei como presidente dos EUA". Ele enfatizou a urgência do segundo pacote, que "precisa passar antes ou após a posse". Obama não fez anúncios de nomes de novos integrantes do seu futuro gabinete. O deputado Rahm Emanuel, que será chefe de gabinete do governo Obama, acompanhou a coletiva, bem como o vice-presidente eleito dos EUA, Joseph Biden. O presidente eleito dos EUA voltou a defender que sua prioridade será o corte de impostos para 95% das famílias americanas, que ganham menos de US$ 200 mil ao ano. Destacando que o país tem só um governo e um presidente por vez, afirmou: "Imediatamente após eu me tornar presidente eu enfrentarei esta crise econômica de frente, tomando todas as medidas necessárias para aliviar a crise de crédito, ajudar as famílias trabalhadoras e restaurar o crescimento e a prosperidade". "Eu falei com o presidente Bush e agradeci seu compromisso para assegurar que sua equipe econômica vai nos manter plenamente informados dos desenvolvimentos que ocorrerem", afirmou Obama.

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