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Obama quer alinhar posição com o Brasil sobre G-20

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Por Leonencio Nossa
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, telefonou hoje para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e lhe disse que instruiu sua equipe econômica "para aproximar posições com o Brasil" tendo em vista a reunião do G-20 (a se realizar no início de abril próximo), informou o porta-voz do Palácio do Planalto, Marcelo Baumbach, em entrevista coletiva à imprensa. A conversa dos dois presidentes, segundo o porta-voz, começou às 18h15 e terminou às 18h40. Baumbach informou ainda que Obama convidou Lula a visitá-lo em Washington em março. O presidente brasileiro irá em março a Nova York para participar de um seminário de investidores. E Lula, de acordo com o porta-voz, convidou o presidente dos EUA a "visitar o Brasil quando quiser". Baumbach disse que a visita de Obama deverá ocorrer ainda neste ano, mas, diferentemente do que chegou a ser divulgado na imprensa, não será em abril. Obama, segundo o relato do porta-voz, disse que é necessário fomentar o comércio internacional para se ter melhores condições de combater a crise. "O presidente dos EUA disse que tem apreço pelas relações com o Brasil e deseja trabalhar de forma coordenada com o presidente Lula para garantir a paz no continente (americano) e o fortalecimento das relações econômicas entre os dois países", contou Baumbach. Acrescentou que Lula, por sua vez, citou trecho do discurso de posse de Obama em que o presidente dos EUA fala da necessidade de cuidar dos mais pobres. Lula disse a Obama que sua eleição influenciará positivamente a imagem que a América Latina tem dos Estados Unidos. Baumbach informou ainda que Lula apresentou a Obama alguns pontos de uma agenda que pretende que seja comum aos dois países. Lula mencionou, entre outros pontos, uma política de biocombustíveis, o combate às mudanças climáticas, a relação com a África, a relação com os outros países da América Latina e o G-20. Obama, segundo o porta-voz brasileiro, disse que concorda com a agenda e acrescentou que considera importante a continuação das discussões da Rodada Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC) para enfrentar a crise financeira internacional.

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