24 de março de 2009 | 07h58
"Agora, os líderes do G-20 têm a responsabilidade de adotar uma ação coordenada, abrangente e corajosa que não apenas alavanque a recuperação, mas que também lance uma nova era de relacionamento econômico para impedir que uma crise como esta volte a acontecer", escreveu o presidente.
Antes da reunião dos G-20, marcada para a quinta-feira da semana que vem (dia 2) em Londres, os EUA pediram mais gastos para estimular a economia, enquanto os líderes europeus enfatizaram a necessidade de reforçar a supervisão bancária.
Obama, que minimizou a possibilidade de um conflito entre EUA e Europa, observou que outros países também implementaram planos de estímulo fiscal e defenderam enfaticamente o aumento da supervisão financeira. "Apenas a ação internacional coordenada pode impedir a assunção irresponsável de risco que causou esta crise. É por isto que me comprometi a aproveitar essa oportunidade para introduzir reformas abrangentes em nossa estrutura de regulação e supervisão."
Obama pediu exigências mais duras de capital e de transparência, bem como o fim dos paraísos fiscais, outra prioridade europeia. "Se deixarmos as instituições financeiras ao redor do mundo agirem de modo descuidado e irresponsável, continuaremos presos num ciclo de bolha e crise", escreveu.
Obama disse que o encontro do G-20 proporciona um fórum para que os líderes das maiores economias mundiais trabalhem juntos para resolver os problemas globais. "Se a reunião de Londres ajudar a impulsionar a ação coletiva, poderemos moldar uma recuperação segura, e crises futuras podem ser evitadas", afirmou.
O G-20 é formado pelos países que juntos representam aproximadamente 90% da economia mundial e respondem por 80% do comércio global, sendo composto pelos sete países do G-7 (Estados Unidos, Canadá, Japão, Reino Unido, Itália, França e Alemanha) e representado pelos 27 países europeus da União Europeia (UE), além de Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, China, Índia, Indonésia, México, Rússia, Coreia do Sul e Turquia. As informações são da Dow Jones.
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