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Obama quer imposto mais alto sobre multinacionais dos EUA

Imposto maior incidiria sobre as empresas dos EUA no exterior; receita adicional seria de US$ 25 bi até 2014

Por Gustavo Nicoletta (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

O presidente dos EUA, Barack Obama, propôs em seu plano para o orçamento do país para os próximos 10 anos um aumento significativo dos impostos que incidem sobre o lucro de multinacionais norte-americanas no exterior. Aliada a propostas para combater a evasão fiscal, a elevação dos impostos abasteceria os cofres públicos federais com uma receita anual adicional de US$ 25 bilhões até 2014, de acordo com projeções elaboradas por autoridades da Casa Branca.   Veja também: Obama quer eliminar subsídios a grandes produtores agrícolas  Governo inclui mais US$ 250 bi em orçamento para salvar bancos Obama pedirá em orçamento US$ 200 bi para guerras dos EUA Orçamento deve ter déficit de US$ 1,75 trilhão, o maior desde 1945 As medidas do emprego De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise     O plano também prevê um aumento dos impostos aplicados sobre as companhias petrolíferas, por meio da suspensão de diversos incentivos fiscais que atualmente beneficiam o setor. A medida elevaria a arrecadação em US$ 31,5 bilhões ao longo de 10 anos.   As mudanças fazem parte de um pacote de aumento de impostos aplicados sobre as empresas, que deve elevar a arrecadação em US$ 353,5 bilhões durante os próximos 10 anos. A receita pode ajudar a compensar abatimentos fiscais e investimentos públicos em outras áreas.   "O orçamento também começa a restaurar um sentido básico de justiça ao código tributário, eliminando incentivos para as companhias que exportam empregos e apresentando um pacote generoso de cortes de impostos para 95% das famílias de trabalhadores", disse Obama.   O plano de Obama também pretende arrecadar aproximadamente US$ 637 bilhões ao longo de 10 anos revertendo abatimentos de impostos aprovados durante o governo de George W. Bush para os norte-americanos mais ricos. A estratégia será permitir que os benefícios fiscais expirem no final de 2010, conforme o programado, em vez de suspendê-los neste ano.   Se forem mantidas as promessas feitas por Obama durante a campanha eleitoral, a medida atingirá contribuintes que possuem renda individual superior a US$ 200 mil e casais que possuem renda combinada acima de US$ 250 mil.   Obama também propôs elevar os impostos de gerentes de fundos de private equity e de investidores em capital de risco, taxando os lucros como renda em vez de ganhos de capital. A mudança aumentaria a arrecadação em US$ 23,9 bilhões ao longo de dez anos, segundo as estimativas das autoridades da Casa Branca.   O plano pretende dar continuidade aos benefícios fiscais concedidos à classe média e a pessoas com nível de renda baixo que foram instituídos para os anos de 2009 e 2010 pelas leis de estímulo à economia. A medida custaria ao governo um total de US$ 770 bilhões ao longo de 10 anos. As informações são da Dow Jones.

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