20 de março de 2009 | 07h16
"A questão é, quem, em sã consciência, quando sua companhia está indo à falência, decide que vai pagar toda uma penca de bônus para as pessoas?", indagou o presidente. "Isso, eu acho, diz respeito a uma cultura mais ampla que existiu em Wall Street, onde eu acho que as pessoas tinham essa postura de gratificação."
O presidente norte-americano disse também que gostaria de ver uma mudança na legislação tributária que a fizesse recuar aos anos 90, "quando você e eu pagávamos um pouco mais por uma assistência médica, por energia e para se certificar de que filhos não tão afortunados como os meus possam ir para a faculdade".
Votação
O presidente dos EUA disse que aguarda ansiosamente para que o Senado norte-americano aprecie a lei da Câmara que impõe um imposto de 90% sobre os bônus de companhias socorridas pelo governo, como a AIG.
A Câmara aprovou por 328 votos a favor e 93 contra a legislação, que foi elaborada em meio a um violento rebuliço político sobre os bônus pagos a executivos da AIG, que se mantém aberta com dinheiro dos contribuintes.
"Hoje, a votação reflete diretamente a indignação que tantos sentiram sobre os bônus exagerados que a AIG proporcionou aos seus empregados às custas dos contribuintes que têm mantido esta companhia falida operando", disse Obama, em um comunicado.
"Agora, esta legislação vai para o Senado e eu espero ansiosamente para receber um produto final que servirá como um forte sinal aos executivos que comandam aquelas firmas de que tais compensações não serão toleradas", diz a nota do presidente. As informações são da Dow Jones.
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