19 de novembro de 2009 | 12h58
A OCDE disse que os "esforços de política sem precedentes" de governos e bancos centrais ajudaram a limitar a severidade da desaceleração e alimentaram uma recuperação, iniciada no terceiro trimestre. Os formuladores de política devem, agora, planejar a retirada das medidas de estímulo, produzindo estratégias de médio prazo que tenham credibilidade suficiente junto aos investidores, ajudando a manter os juros baixos.
No entanto, a OCDE disse que os bancos centrais não devem começar a retirar o estímulo até o final de 2010, uma vez que as pressões inflacionárias vão continuar fracas. Ao mesmo tempo, a recuperação deve estar segura o suficiente até 2011, para permitir que boa parte dos governos comece o processo de redução dos déficits orçamentários.
"A recuperação começou um trimestre antes do que imaginávamos e tem mais força no curto prazo", disse o economista-chefe interino da OCDE, Jorgen Elmeskov. "Mas apertar aqui e agora pode ser prejudicial: a economia ainda está fraca e a política monetária não está na posição de compensar uma política fiscal mais estrita."
De fato, para cinco países da OCDE, a recuperação não vai começar até 2011. A organização projeta que as economias de Espanha, Grécia, Hungria, Islândia e Irlanda sofrerão contração em 2010. Para a organização, apenas no terceiro trimestre de 2011 a produção global vai atingir o mesmo nível do primeiro trimestre de 2008. O desemprego deve continuar aumentando em 2010 e não cairá rapidamente de volta aos níveis de 2007. Já a dívida dos governos deve superar 100% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, um aumento de quase um terço em relação a 2007. As informações são da Dow Jones.
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