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Ocean Air assumirá operações da BRA, por enquanto, diz Jobim

Por RODRIGO VIGA GAIER
Atualização:

Por intermediação do governo, a Ocean Air, do empresário German Efromovich, assumirá nos próximos dias as operações da companhia aérea BRA, que interrompeu as atividades esta semana. "A Anac estava operando junto à BRA e à Ocean Air para fazer o entendimento entre elas. Eu acabei de conversar com o presidente da BRA e já tinha conversado ontem com o presidente da Ocean Air", disse Jobim a jornalistas na Escola Superior de Guerra, nesta sexta-feira. "A parte comercial já estaria fechada. Agora é uma questão formal de acertar e identificar as aeronaves que vão ser transferidas, porque algumas delas têm mandado judicial de apreensão", acrescentou o ministro. Ele sinalizou que a Ocean Air assumirá as operações apenas temporariamente, o que pode significar alguns meses. "Vai ser pelo menos nesse período em que os aviões estão aí e tem essas passagens. (Os aviões) serão operados pela Ocean Air", comentou Jobim. "Com isso, nós resolvemos a questão BRA para depois encontrar uma solução definitiva. Esperamos pacificar o setor", disse. A BRA fazia, em média, 315 vôos por mês para 26 destinos nacionais e três internacionais. Segundo dados da Agência Nacional de Avião Civil (Anac) de setembro, a BRA tinha 4,6 por cento do mercado doméstico, à frente da Ocean Air, com 2,6 por cento. Jobim não descartou a possibilidade de fusão entre as duas empresas futuramente, embora também tenha admitido que a BRA possa encontrar uma solução para as dificuldades financeiras que enfrenta. Apesar de o governo ter participado das negociações, o ministro afirmou que não houve uma intervenção no setor aéreo. "Esse acordo foi estimulado pela Anac e teve apoio das empresas... é uma responsabilidade que tem o governo de solucionar o problema que criou uma dificuldade para 50 mil, 70 mil pessoas". Ele acrescentou que o número de aeronaves que serão aproveitadas pela Ocean Air ainda não foi definido, e que essa negociação será feita diretamente pelas duas companhias. (Por Rodrigo Viga Gaier)

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