PUBLICIDADE

OceanAir e Avianca vão unir operações

Objetivo é dar musculatura às duas empresas, que têm um mesmo dono

Por Mariana Barbosa
Atualização:

A companhia aérea OceanAir será incorporada pela colombiana Avianca até julho. Como as duas companhias pertencem ao empresário brasileiro de origem boliviana German Efromovich, a incorporação da OceanAir pela Avianca não deve infringir o Código Brasileiro da Aeronáutica (CBA), que limita em 20% a participação estrangeira em companhias aéreas. Uma das companhias aéreas mais antigas em operação no mundo, a Avianca, fundada em 1919, foi adquirida por Efromovich por US$ 64 milhões em 2004, quando estava em recuperação judicial na Justiça de Nova York. A incorporação dará mais musculatura à pequena OceanAir, que possui uma frota de 14 Fokker 100 e uma participação de 2,77% do mercado doméstico. Em abril, perdeu o posto de quarta companhia em participação para a novata Azul, que está em franca expansão. "A OceanAir deixa de ser uma empresa de R$ 400 milhões por ano para ser uma empresa de US$ 2 bilhões", diz uma fonte na companhia. "A Avianca é mais antiga e mais conhecida internacionalmente e a incorporação vai facilitar negociações de compra de aviões ou de financiamento, por exemplo." A intenção de Efromovich de fundir todas as suas companhias aéreas da América Latina e rebatizá-las com o nome de Avianca não é nova - foi anunciada por ele no final de 2007. Mas só agora o plano sairá efetivamente do papel. Além da OceanAir, o Grupo Synergy, de Efromovich, controla também a equatoriana VIP. A nova estrutura societária será submetida à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no mês que vem. As cores e a linguagem visual dos logotipos da OceanAir e da Avianca já são similares, mas Efromovich ainda não bateu o martelo em relação a substituir o nome OceanAir por Avianca. Há anos que a OceanAir patina no mercado doméstico, com uma participação inferior a 3%. No primeiro semestre do ano passado, quando os custos das companhias aéreas dispararam por causa da alta do petróleo, a companhia passou por uma grande reestruturação. Enxugou a oferta de assentos em mais de 30%, colocou 5 aviões no chão e demitiu 600 pessoas de um quadro de 1,7 mil. No mês passado, contudo, 200 dos funcionários demitidos foram recontratados. Mas a companhia tem planos para crescer e aguarda para o ano que vem a chegada dos primeiros Airbus A319 e A320, de uma encomenda de 74 aviões feita pelo Grupo Synergy. Deste total, 28 foram anunciados como sendo para a OceanAir, mas a ordem de entrega e a quantidade destinada a cada companhia poderá variar de acordo com a demanda.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.