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Octavio de Barros vê chance de Selic estável em 9% até março de 2013

Se confirmada a projeção, a taxa de juros baterá recorde de permanência em um mesmo patamar  

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - O diretor de Pesquisas Macroeconômicas do Bradesco, Octavio de Barros, acredita que a taxa básica de juros (Selic) pode se manter no patamar de 9% ao ano de abril deste ano a março de 2013. Se confirmada esta expectativa, a Selic estabelecerá um novo recorde de permanência em um mesmo patamar desde o início de regime de metas de inflação (1999) e vai quebrar a marca de oito meses, firmada entre julho de 2009 e março de 2010, quando permaneceu em 8,75% ao ano.

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"Desde o início do regime de metas de inflação, o período mais longo de taxa parada sem alteração foi de oito meses, quando a taxa estava em 8,75%. Se mantiverem os oito meses, isso implicaria em taxa inalterada até a reunião de março de 2013", reforça Barros. Ele trabalha com uma redução de 0,75 ponto porcentual da Selic na próxima reunião do Copom, marcada para os dias 17 e 18 de abril, de atuais 9,75% para 9% ao ano.

No entanto, diz o diretor do Bradesco, a partir do segundo trimestre de 2013, a taxa Selic deverá subir para o patamar de 10% ao ano. O início de um novo ciclo de aperto, que seria moderado, ocorreria no segundo trimestre de 2013. Portanto, vemos hoje alguma chance de o recorde de oito meses de estabilidade ser quebrado", reitera Barros.

As previsões do Departamento Econômico do Bradesco para o IPCA são de 5,4% em 2012 e de 5,5%, em 2013. "Quanto à taxa de câmbio, fizemos um ajuste e agora estamos trabalhando com um dólar a R$ 1,75 ao final do ano e R$ 1,80 ao final do ano de 2013", afirma Barros. De acordo com ele, por enquanto, o cenário de PIB do banco não se alterou: está hoje em 3,7% para 2012 e de 4,7% em 2013.

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