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Oferta de imóveis cresce, mas aluguel não baixa

Em agosto houve recorde no número de imóveis disponíveis para aluguel. Mas, segundo a Aabic, a burocracia mantém o preço estável.

Por Agencia Estado
Atualização:

O número de imóveis residenciais vagos na cidade de São Paulo aumentou substancialmente em agosto, conforme mostra a pesquisa sobre o mercado de locação da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic). Em agosto, foram contabilizadas 40.100 unidades disponíveis, o maior número desde a implementação do real. No mês anterior, a oferta era de 32.590. Entretanto, esse aumento na oferta não resultou em queda no preço do aluguel. O presidente da Aabic, José Roberto Graiche, acredita que o aumento no número de imóveis para locação é um reflexo da crise conjuntural pela qual passa o País. Na opinião dele, a pessoa que estava pensando em deixar a casa dos pais para alugar uma casa adiou os planos por medo do desemprego. "Já quem tinha um imóvel vago, logo fez questão de colocá-lo para alugar para conseguir mais uma fonte de renda", explica. O diretor da Hubert Imóveis, Hubert Gebara, ressalta que os número de ofertas para locação no mercado, em todas as pesquisas, é apenas estimativo. "Nenhuma empresa ou entidade tem como fiscalizar todos os 25 mil prédios da cidade. A base é tomada de acordo com placas, anúncios e dados das imobiliárias". Quanto ao resultado, ele avalia que não há excesso de oferta, mas menor procura. "As pessoas estão com medo de assumir novos contratos", comenta. O diretor de locação do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Aimoré Freitas, ressalta que dentro desse montante de mais de 40 mil ofertas, existem imóveis em péssimas condições para locação. "A oferta de imóveis em boas condições e bem localizados é pequena." Apesar do aumento da oferta de imóveis disponíveis, os preços mantiveram-se estáveis. De acordo com a pesquisa da Aabic, redução do valor do aluguel ocorreu só em janeiro. Em fevereiro houve um registro de alta de 1,68%. Até agosto, o aumento não chegou à casa do 1%. As ofertas mantiveram-se estáveis de março a maio, sofreram redução em junho, até alcançarem o recorde de agosto.

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