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Oferta de petróleo deve crescer até 2010

O aumento se dará em conseqüência dos investimentos em curso no setor do petróleo; cenário de preços, porém, é incerto

Por Agencia Estado
Atualização:

A oferta de petróleo deverá crescer até 2010 mas o cenário de preços do produto beira ao imprevisível, segundo avalia o diretor-geral da Europa da Cambridge Energy Research Associates (CERA) Christopher Seiple. Para ele, a oferta de petróleo deverá aumentar em média de cinco milhões a seis milhões de barris por dia entre os anos de 2006 a 2010, em conseqüência dos investimentos em curso no setor do petróleo. Porém, como a maior parte da oferta terá origem em áreas de instabilidade política e risco, a média do preço do barril poderá variar entre US$ 31,50 a US$ 79,82 neste período. Ele observou também que uma desaceleração brusca da demanda mundial, que considera improvável, poderá derrubar o preço médio do barril para US$ 20, o mesmo patamar registrado entre os anos de 1986 a 1995. O aumento da oferta de petróleo até 2010 prevista por Seiple é o dobro do registrado entre 1996 e 2005, que foi de três milhões de barris/dia. Ele fez palestra no seminário "O negócio sustentável de petróleo e gás no Brasil" promovido pela Câmara Britânica de Comércio, que está sendo realizado nesta sexta-feira no Rio. Regulamentação Uma pesquisa realizada nesta sexta com 56 executivos da área de petróleo e gás mostrou que 44% deles consideram a estrutura regulatória legal como a principal barreira ao crescimento sustentável de petróleo e gás natural no Brasil. As outras principais barreiras são gargalos de infra-estrutura (33%) e a estrutura tributária (11%). A pesquisa eletrônica foi realizada no seminário da Britcham. Ela mostrou também que 78% dos executivos consideram que o estágio de desenvolvimento das políticas de petróleo e gás para sustentabilidade do negócio são incipientes. Além disso, 100% consideram que as ações-chave para o desenvolvimento de petróleo e gás no País não estão sendo priorizadas. Do ponto de vista político, 50% dos executivos acreditam que o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, vencerá as eleições presidenciais, enquanto outros 50% apostam em Lula.

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