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Oferta: menos papel higiênico pelo mesmo preço

Os rolos de papel higiênico encontrados nas prateleiras dos supermercados passaram a ter 30 metros. O alerta foi feito pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) e pelo Procon-SP. Empresas falam que nova metragem é reflexo da crise energética do país.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Associação Paulista de Supermercados (Apas) e a Fundação Procon-SP - órgão de defesa do consumidor vinculado ao governo estadual - estão alertando o consumidor sobre a mudança na metragem do papel higiênico. Os rolos de papel higiênico, que costumavam ser de 40 metros, estão sendo fabricados e vendidos com 30 metros. Apesar da redução na quantidade de metros do produtos, os preços continuam os mesmos. Segundo os fabricantes do setor, esta nova medida padrão da indústria é reflexo da crise energética do País. Isso porque, segundo os empresários do setor, foi necessário reduzir a produção para que a meta do racionamento fosse alcançada. Eles também explicam que o preço não foi reduzido em função do aumento dos gastos com o racionamento de energia, como a compra de geradores. A mudança de metragem do papel higiênico está dentro lei, pois a portaria 153, de 20 de junho de 2000, do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) prevê que os papéis higiênicos devem ser comercializados a partir de 20 metros, em múltiplos de dez metros. Ou seja, os papéis fabricados com 30 metros seguem a padronização estabelecida pelo Inmetro. A diretora de estudos e pesquisas do Procon-SP - órgão de defesa do consumidor vinculado ao governo estadual -, Vera Marta Junqueira, ressalta que as empresas estão se utilizando da prática de reduzir medidas para camuflar aumentos de preços dos produtos. "Os fabricantes estão querendo repassar seus custos e estão prejudicando o consumidor", alerta. A diretora do Procon-SP avalia que a mudança de metragem pode induzir o consumidor a erro na hora da escolha do produto com relação à qualidade e preço do produto. "A mudança da prática do comercial do mercado, que ao longo dos anos era do papel higiênico de 40 metros, pode confundir o consumidor na hora da compra e significar um prejuízo financeiro", alerta a diretora do Procon-SP. Vera Marta ressalta que esta prática de diminuição da metragem cria um problema de poder de comparação de preço e qualidade dos produtos disponíveis do mercado. "O consumidor passa a não ter uma informação clara e precisa para a necessária comparação de preços", explica Vera Marta Junqueira. Veja no link abaixo mais informações sobre as justificativas dos fabricantes de papel higiênico que culpam a crise energética pela diminuição na metragem de seus produtos.

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