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Oferta por fatia na EDP chega a 2,7 bi, diz jornal

Companhia chinesa Três Gargantas fez a maior oferta pelos 21% que o governo português detém na empresa de energia

Por LISBOA
Atualização:

As companhias interessadas em uma participação de 21,35% na empresa portuguesa de energia elétrica EDP fizeram propostas que variam entre 2,3 bilhões e 2,7 bilhões, um ágio entre 22,5% e 42,9%, informou o periódico português Jornal de Negócios.O jornal, que não nomeou suas fontes, relatou que a companhia chinesa Três Gargantas fez a maior oferta pela participação na EDP e que o Banco de Desenvolvimento da China, que está financiando a oferta, estava pronto para fornecer empréstimos a Portugal no valor de 7,5 bilhões.Na sexta-feira, todas as quatro companhias selecionadas como potenciais compradoras pelo governo português fizeram propostas pela participação da EDP, incluindo a alemã E.ON e as brasileiras Eletrobrás e Cemig, além da Três Gargantas.De acordo com o jornal, a E.ON fez a proposta mais baixa, mas o tamanho da oferta compõe apenas uma parte do processo de compra, que envolve, além de avaliações feitas pela agência governamental Parpublica e pela EDP sobre o preço de oferta, uma análise sobre projetos industriais conjuntos e benefícios para a economia.A EDP não quis comentar a reportagem do jornal. A participação de 21,35% na maior companhia de Portugal vale cerca de 1,9 bilhão, a preços atuais.Portugal tem prometido vender participações na EDP e na operadora da rede elétrica REN para cumprir os termos de um resgate ao país feito pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O vencedor deve ser anunciado ainda neste mês.Outros acionistas da EDP incluem a espanhola Iberdrola, que tem 6,8%, a CajAstur (5%) e o grupo português Jose de Mello (4,82%). A companhia argelina de petróleo e gás Sonatrach tem uma participação de 2%.Eólicas. Um outro jornal português, o Diário Econômico, informou também que a Eletrobrás se propõe a adquirir participações minoritárias nos projetos eólicos da EDP nos Estados Unidos, um dos mercados prioritários para a empresa portuguesa e onde ocupa o terceiro lugar do setor, rivalizando com os maiores operadores mundiais.O objetivo da estatal brasileira com o negócios seria facilitar o investimento da EDP em novos ativos e reduzir o nível de endividamento da companhia, atualmente na casa dos 16,5 bilhões. Um valor que o presidente da Eletrobrás, José da Costa Carvalho Neto, disse ao jornal considerar que tem de ser reduzido "de forma gradual" nos próximos anos.O executivo fez a ressalva, porém, que o aumento da dívida foi acompanhado pelo crescimento da EDP e está hoje baseado em projetos sólidos. Ele sublinhou que a Eletrobras poderá ajudar a empresa a aceder ao mercado financeiro. / AGÊNCIA ESTADO E REUTERS

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