/ RIOA Oi anuncia na quinta-feira a nova relação de troca que servirá de base para a incorporação das ações da Brasil Telecom. O processo foi suspenso em janeiro, após a descoberta de um esqueleto judicial avaliado em R$ 2,5 bilhões. O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, informou que o novo cálculo, elaborado pelo Credit Suisse, levou em conta o montante total dos passivos referentes aos antigos planos de expansão do sistema Telebrás. Inicialmente, a empresa trabalhou com uma estimativa para esse tipo de provisão de R$ 1,29 bilhão para formatar a relação de troca de ações entre as duas empresas. "A nova relação será levada à assembleia de investidores", afirmou o executivo, ao explicar que para ser implementada, a operação precisa receber o aval dos acionistas minoritários. Questões societárias à parte, Falco ressaltou que a integração das operações entre as duas companhias foi realizada em tempo recorde pelo grupo. A Oi comprou a Brasil Telecom no final de 2008. Entretanto, o executivo admitiu que esse trabalho acabou atrasando os planos de internacionalização do grupo. Com dinheiro em caixa, Falco deixa claro que a empresa está de olho em novas aquisições. "O mundo em crise abre oportunidades para a gente fazer os primeiros passos", afirmou. Segundo ele, com a crise o preço dos ativos baixou e também algumas companhias foram colocadas à venda. "A competição hoje está menor", disse. Sem falar em nenhum ativo em particular, Falco revelou que a empresa está atenta a possíveis negócios na Argentina, Colômbia, Uruguai, Oriente Médio e África. Mesmo alegando que a integração com a BrT atrasou a expansão da Oi no mercado internacional, o presidente da companhia destacou que a junção da operadora permitiu à Oi chegar a locais no Brasil de difícil acesso, como Manaus. Agora, a operação na região está sendo feita da Venezuela por meio do cabo submarino.Copa. Ontem, o grupo anunciou também que será um dos patrocinadores globais da Copa do Mundo de 2014 de futebol, que será realizada no Brasil. O presidente da companhia lembrou ser a primeira vez que uma empresa brasileira integra o bloco principal de patrocinadores de um evento da Fifa. Até o momento, além da Oi, a Copa de 2014 já fechou acordo com o McDonald"s, Continental, Castrol e Budweiser. Falco não revela o valor do investimento, mas explica que a empresa vai fornecer toda a infraestrutura de telecomunicações, a exemplo do que fez com os Jogos Pan Americanos no Rio de Janeiro em 2007.