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Oi só deve atrair investidor após assembleia, diz presidente

Para Marco Schroeder, desafio agora é estancar queda na receita e perda de clientes, além de aprovar plano de recuperação

Foto do author Circe Bonatelli
Por Circe Bonatelli (Broadcast)
Atualização:

O presidente da Oi, Marco Schroeder, minimizou as chances de uma assinatura de acordo com investidores interessados na companhia antes da aprovação do plano de recuperação judicial na assembleia-geral de credores, adiada para 7 de dezembro. “O foco agora é o acordo de acionistas e credores. Em um segundo momento, seria importante uma aproximação com potenciais investidores”, disse.

Risco de intervenção na Oi é baixo, diz Marco Schroeder Foto: Wilton Junior/Estadão - 18/11/2016

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Em uma crise aguda desde junho do ano passado, quando entrou com pedido de proteção contra os credores na Justiça, com dívidas de R$ 64 bilhões, a Oi reportou na segunda-feira, 13, lucro líquido de R$ 8 milhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 1,2 bilhão no mesmo período do ano passado. Foi o primeiro resultado positivo da tele desde o fim de 2015.

Em delicada situação financeira e em litígio entre acionistas e credores, Schroeder admitiu que a companhia tem o desafio de conter o processo de queda no faturamento, motivado pela perda de clientes. A solução, segundo ele, está na ampliação dos investimentos para melhoria da cobertura e da qualidade das redes. A receita líquida da Oi totalizou R$ 5,964 bilhões no terceiro trimestre, retração de 6,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita com as operações nas áreas de telefonia fixa e móvel, banda larga, TV por assinatura e serviços corporativos somou R$ 5,863 bilhões, recuo de 4,7%.

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Acordo. O executivo confirmou que a Oi assinou um acordo de confidencialidade com os potenciais investidores da China Telecom e do fundo Texas Pacific Group, para que eles conheçam mais detalhes da operadora brasileira. “Não há nenhuma proposta formal nem sinalização de que irá ocorrer de fato”, ponderou.

Schroeder voltou a reforçar a importância da aprovação do plano de recuperação judicial da companhia e capitalização para ampliar os investimentos operacionais. “Com a injeção de recursos e o capital equilibrado, a Oi sairá fortalecida da recuperação judicial e terá condições de contribuir com o País”, afirmou o executivo nesta terça-feira, 14, durante teleconferência com investidores e analistas.

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Embora haja sinalização de Brasília sobre uma possível intervenção do governo federal na empresa, Schroeder reiterou que não vê riscos neste momento, uma vez que a operadora tem ampliado os investimentos e reduzido a quantidade de reclamações de consumidores.

“O cenário de potencial intervenção é extremado, para o caso de não haver convergência (das negociações para o plano de recuperação) e risco sobre as operações da Oi. Nesse momento, é inexistente”, disse.

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