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Oi vai pedir prazo maior para pagar a licença de 3G

Por DANIELE CARVALHO
Atualização:

O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, confirmou que entrará com pedido de postergação do prazo para o pagamento da licença de terceira geração (3G) de telefonia celular adquirida esse ano pela companhia. De acordo com o executivo, o pedido está sendo conduzido pela Associação Nacional das Operadoras Celulares (Acel) - que encaminhará à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), ao ministério da Fazenda e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) o pleito das operadoras. A Oi terá de pagar pela licença de 3G cerca de R$ 700 milhões. De acordo com Falco, a medida tem a finalidade de manter a liquidez no caixa das empresas do setor, evitando que estas reduzam investimentos em 2009 por conta da escassez de crédito no mercado internacional. "A crise que estamos passando é só de curto prazo. Os governos têm ajudado as indústrias no curto prazo, dando liquidez. Isso não é diferente do que estão fazendo com as empresas automotivas, ou com o compulsórios dos bancos", defendeu Falco. O pagamento das licenças de 3G ocorreriam em dezembro. De acordo com as regras do leilão, as empresas poderiam fazer um pagamento à vista ou em seis parcelas com juros. O pleito das operadoras de celulares é que o prazo, que vence no próximo mês, seja postergado em 18 meses. Perguntado sobre o mal estar que a medida poderia causar junto à operadora Claro, que pagou a licença de 3G à vista, na época do leilão, Falco argumentou: "Não queremos ser espertos, não queremos dar ''pernada'' em ninguém. As condições de contorno mundial mudaram", defende o executivo. Questionado sobre o cumprimento de prazo de aquisição da Brasil Telecom (BrT), que se encerra em 21 de dezembro, Falco reafirmou que se mantém confiante que o negócio será concluído dentro do prazo. Em relação à sinalização que os controladores da BrT têm feito de não cobrar a multa prevista no contrato, caso o negócio ultrapasse a data limite, Falco foi lacônico. "Ambas as partes têm que concordar. O que tenho agora é um contrato que prevê uma multa", disse o executivo.

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