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Oleoduto ameaça baleias jubarte no Canadá

Projeto aprovado pelo governo esbarra na resistência de indígenas e de grupos de ambientalistas

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Por Redação
Atualização:
Oleoduto ameaça baleias jubarte no Canadá Foto: AP

TORONTO - O governo do Canadá deu sinal verde nesta quarta-feira, 18, para um controvertido projeto de construção de um oleoduto que vai conectar as reservas petrolíferas da província de Alberta com o Oceano Pacífico.

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O projeto enfrenta resistência de grupos indígenas, comunidades e organizações ecologistas. Como estava previsto, o governo canadense aprovou a construção do chamado Northern Gateway, que terá 1.177 quilômetros de extensão. 

Com o projeto, a empresa Enbridge pretende exportar para a Ásia o óleo cru extraído de areias betuminosas de Alberta pelo porto da costa do Pacífico.

O primeiro ministro canadense, Stephen Harper, havia dado o sinal de que o projeto seria aprovado em várias ocasiões. O argumento é o que o projeto é fundamental para o desenvolvimento dos ricos depósitos de petróleo do país.

Em 2012, Harper anunciou a retirada do Canadá do Protocolo de Kioto para poder desenvolver suas reservas petrolíferas de Alberta, que estão entre as maiores do mundo. O país foi o único a abandonar o tratado internacional contra as mudanças climáticas.

Numerosos grupos indígenas, por cujos territórios o oleoduto terá de passar, colocam-se frontalmente contra o projeto temendo consequências ambientais de um possível derramamento de óleo. Eles também reclamam da falta de consulta por parte do governo ou da Enbridge.

Grupos ecologistas e partidos de oposição também contestam a obra, alegando riscos para a região do Norte do Pacífico.

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O governo prevê a construção de um terminal de carga do Northern Gateway na cidade de Kitimat, área povoada por inúmeras espécies da fauna marinha como as baleias jubarte.

Entre 600 e 700 superpetroleiros devem circular por ano pelas águas da região quando o terminal estiver em operação.

Lideranças indígenas reagiram ao anúncio prometendo protestos e recurso aos tribunais para tentar deter a construção.

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