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Ombudsman da Bovespa começa amanhã

A partir de amanhã, o ombudsman da Bolsa de Valores de São Paulo começa a trabalhar. O investidor poderá fazer consultas a este profissional através do telefone 0800 para resolver questionamentos contra agentes de mercados credenciados ou reconhecidos pela Bovespa.

Por Agencia Estado
Atualização:

O ombudsman da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o engenheiro Joubert Rovai, começa amanhã a exercer suas funções. O profissional vai atender as demandas dos investidores relacionadas ao processo de negociação, liquidação e custódia de títulos mobiliários. As questões atendidas pelo ombudsman serão restritas aos questionamentos contra agentes de mercado credenciados ou reconhecidos pela Bovespa. Investidor poderá fazer consulta pelo 0800 As reclamações ou consultas destinadas ao ombudsman do mercado poderão ser encaminhadas, inicialmente, por meio de um serviço telefônico gratuito, pelo número 0800-7700149. Ao ligar para esse serviço, o investidor falará com um atendente que registrará sua consulta e seus dados cadastrais. O pedido será então examinado pelo ombudsman, que verificará se a demanda do investidor constitui um assunto da sua área de competência. Em até 48 horas após a ligação, o investidor receberá uma resposta ao seu pedido. "Se o caso necessitar de apuração, o ombudsman pedirá à pessoa para formalizar a reclamação por escrito, por meio de carta, fax ou e-mail", disse Rovai. Depois disso, terá início o processo conciliatório sobre a questão. A partir de amanhã, o portal da Bovespa já terá uma página dedicada ao ombudsman, com espaço para o investidor descrever suas demandas. Segundo Rovai, o objetivo será resolver os conflitos entre investidores e agentes de forma conciliatória. Se a tentativa não tiver resultado, após a audiência com as partes envolvidas, o ombudsman apresentará um relatório formal contendo sua proposta para a solução do problema. Esse relatório será apresentado num prazo máximo de 30 dias, prorrogável por mais 30 se necessário, contados do encerramento da audiência. Rovai afirma que os casos sem acordo poderão ser encaminhados para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou até para a Justiça comum. Entre os casos que podem ser levados ao ombudsman está, por exemplo, o não cumprimento de ordens de compra de ações pelas corretoras. Rovai trabalha no mercado de dos anos 70 A criação de um ombudsman na Bolsa paulista foi inspirada na figura existente na Bolsa de Madri, primeira do mundo a ter um profissional exercendo o cargo. Rovai formou-se engenharia na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e fez pós-graduação em administração de empresas na Fundação Getúlio Vargas. Trabalhando no mercado desde o início dos anos 70, Rovai fez carreira no Banco Itaú, onde chegou a diretor-executivo do Itaú Bankers Trust Banco de Investimentos. Em julho de 1999, passou a integrar o colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), onde permaneceu até dezembro de 2000. Entre as diversas funções desempenhadas ao longo de sua atividade profissional, Rovai presidiu a Abamec (entre 1975 e 1976), foi membro da Comissão do mercado de Capitais da Anbid e atualmente é coordenador da Comissão de Governança Corporativa da Abamec-SP e membro do Instituito Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

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