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OMC quer convocar reunião em dezembro para concluir Doha

Medida seria o 1º fruto concreto da reunião do G-20, mas Rodada ainda enfrenta resistência no Mercosul

Por Jamil Chade e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

A Organização Mundial do Comercio (OMC) quer convocar para o dia 10 de dezembro uma conferência internacional para concluir a Rodada Doha. A medida seria o primeiro fruto concreto da reunião do G-20 (grupos que reúne países emergentes e desenvolvidos) deste fim de semana em Washington. Mas o Mercosul não estará unido nisso. Brasil e Uruguai apóiam um acordo. Mas diplomatas da Argentina revelaram ao Estado que Buenos Aires será contra a convocação da reunião, enquanto a Venezuela, que não esteve no G-20, promete questionar a legitimidade do apelo.   LEIA REPORTAGEM COMPLETA NA EDIÇÃO DO 'ESTADO' DESTA SEGUNDA-FEIRA   Veja também: G-20 se compromete a evitar novas barreiras comerciais por um ano Leia o comunicado do G-20 na íntegra Veja as medidas que precisam ser adotadas G-20 pede mais recursos e poder de supervisão ao FMI De olho nos sintomas da crise econômica  Lições de 29 Como o mundo reage à crise  Dicionário da crise    A OMC já teria inclusive consultado assessores de Barak Obama, o presidente eleito americano, para garantir que um eventual acordo não seja ignorado pela próxima administração da Casa Branca. A Índia também hesita.   No sábado, os lideres do G-20 chegaram a conclusão de que parte da solução para a economia internacional seria o estabelecimento de um acordo comercial ate o final do ano. Os governos concordam que não irão estabelecer novas medidas protecionistas pelos próximos doze meses. Mas não há acordo sobre como realizar uma liberalização dos mercados e nesta segunda embaixadores serão convocados OMC para debater como seguir o mandato dado pelo G-20. A OMC ainda apresentará nesta segunda seu plano de conclusão do acordo.   O processo de abertura de mercados foi lançado em 2001 e ficou conhecido como Rodada Doha. A idéia era ter fechado um acordo de liberalização dos mercados até o final de 2005. Mas, sem um entendimento entre países ricos e emergentes, a Rodada entrou em crise e, em julho, foi paralisada. Agora, a idéia de que a crise internacional serviria como um novo incentivo para a conclusão do processo.

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