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O´Neill quer garantia de programas econômicos confiáveis no Brasil e Argentina

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário do Tesouro norte-americano, Paul O´Neill, voltou hoje a manifestar restrições à concessão de uma ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) ao Brasil, Argentina e Uruguai. O´Neill, que visitará os três países na segunda semana de agosto, condicionou uma possível ajuda financeira à adoção de programas econômicos confiáveis pelo Brasil, Argentina e Uruguai. "Estes são amigos e aliados importantes dos Estados Unidos, mas precisam implantar políticas que garantam que, assim que o dinheiro auxiliar for concedido, trará benefícios, e não simplesmente sairá do país para contas bancárias na Suíça", disse ao programa de televisão "Fox News Sunday". Durante a entrevista, no entanto, o secretário do Tesouro deu ênfase maior à situação argentina. Quando questionado sobre os planos do governo norte-americano para lidar com os problemas financeiros da América Latina, ele respondeu que a relutância do FMI em financiar outro programa à Argentina se deve à falta de adoção de medidas, por parte do governo argentino, necessárias para garantir que os recursos concedidos não se esgotariam imediatamente mais uma vez. "Quando o presidente (Bush) assumiu, a Argentina tinha acabado de receber um empréstimo de US$ 20 bilhões, que foi apoiado pela administração Clinton e passou pelo FMI. Acho que foi em novembro de 2000. Em abril de 2001, precisaram de outros US$ 20 bilhões", afirmou, acrescentando que, apesar disso, continuará negociando com o país. O´Neill, que vem sendo alvo de críticas por parte de políticos e da mídia, apareceu em uma série de canais de televisão norte-americanos neste domingo, numa tentativa de rebater as sugestões de que a equipe econômica do presidente George W. Bush estaria sendo ineficiente no combate à desaceleração econômica. O secretário rejeitou os pedidos de renúncia e afirmou que a economia dos EUA irá se recuperar, apesar das recentes turbulências no mercado financeiro. No entanto, ele não apresentou nenhuma solução para atenuar os temores dos investidores ou para o estímulo do crescimento econômico.

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