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ONS diz que térmicas a óleo já podem ser desligadas

Por Nicola Pamplona
Atualização:

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse que o governo já pode desligar as usinas térmicas a óleo no Sudeste e Centro-Oeste, que estão em operação para reduzir a perda de água nos reservatórios das hidrelétricas. "Esperávamos chegar ao final de março com os reservatórios da região a 77%, mas já estamos em 77% e as chuvas continuam. Deveremos atingir a 80% até o final de março", disse. Chipp afirmou que a questão será decidida em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico na quinta-feira. Ele frisou que a avaliação do ONS é que as usinas a óleo já não são mais necessárias. Essas usinas vinham trabalhando com uma potência média de 500 megawatts nos últimos meses, e se desligadas, poderão ser usadas no inverno para enviar energia à Argentina. "Qualquer envio de energia à Argentina só será feito por usina térmica que não estiver operando ou energia hidráulica que esteja sendo vertida (água de sobra) pelas usinas", disse Chipp. Há duas semanas o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, já havia informado que o Brasil poderia enviar até 400 megawatts ao país vizinho (Argentina). Leilão de biomassa Em palestra durante o Fórum Canal Energia sobre Fontes Alternativas no Rio, Chipp defendeu hoje o adiamento em pelo menos 15 dias do leilão de energia de reserva de biomassa, marcado para 30 de abril. Segundo ele, o prazo é necessário para que os investidores tirem todas as dúvidas com relação ao modelo de contratação dessa energia. O diretor da ONS avalia ainda que o governo deveria realizar leilões diferentes para produtores localizados em Minas Gerais e São Paulo, e os localizados em Mato Grosso e Goiás. Isso porque esses últimos terão custos maiores de integração à rede de transmissão de energia, o que poderia prejudicar a competição com os primeiros. O grupo de trabalho que avalia o leilão deve se reunir essa semana.

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