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ONU no Iraque diminui tensão do mercado

O mercado financeiro deve operar menos pressionado com o alívio das tensões em torno de uma possível guerra entre o Iraque e os EUA. Internamente, o destaque é a divulgação de pesquisas eleitorais e a reunião do Copom, que começa hoje.

Por Agencia Estado
Atualização:

A aceitação pelo Iraque de que os inspetores da ONU entrem no país deve aliviar as tensões em torno de uma possível guerra com os EUA e a expectativa é de que isso tenha impacto positivo nos mercados, inclusive nas transações com câmbio no Brasil. Esse é um dos motivos que levam os operadores a acreditar em uma abertura do mercado à vista de dólar com pequena queda na cotação. Na abertura dos negócios, às 9h40, o dólar comercial estava sendo vendido a R$ 3,2100, em queda de 0,19% em relação ao fechamento de ontem. Já no mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003, negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), pagavam taxas de 20,940% ao ano, frente a 20,970% ao ano negociados ontem. Porém, a primeira reação dos EUA ao anúncio de Saddam foi de desconfiança, o que pode diminuir o ânimo dos investidores ao longo do dia. Além disso, há a expectativa de aumento de demanda por moeda norte-americana já que, para o dia 20, há previsão de vencimentos que superam US$ 200 milhões. Pesquisas Em relação ao noticiário interno, o mercado deve continuar em volta dos comentários sobre os resultados das pesquisas eleitorais. Os números do Ibope serão divulgados hoje à noite e a expectativa é de que os dados do DataFolha venham a público amanhã. Ontem, nas mesas de operações, os rumores davam conta que Lula teria atingido 44% das intenções de voto e que Serra estaria estagnado em 19%. Isso poderia garantir a vitória do candidato petista no primeiro turno. O mercado não gostou e o dólar fechou acima de R$ 3,20, em R$ 3,216, o que deu uma alta de 1,74% no dia. Copom As expectativas para o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa hoje e termina amanhã com a definição da nova taxa de juros referencial da economia, a Selic, devem ganhar corpo hoje. Até ontem, o mercado não mostrava consenso nas apostas para a taxa de juros com alguns analistas acreditando no corte e outros na estabilidade. Estes últimos, com argumento de que o cenário externo não permite frouxidão na política monetária. Além disso, os investidores acompanharão os dados da economia norte-americana e seus reflexos nas bolsas internacionais.

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