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Opep: iniciativa de aderir ao grupo deve partir do Brasil

Por JAMIL CHADE
Atualização:

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) insinua que estaria aberta a um eventual interesse do Brasil em aderir no futuro à entidade, com sede em Viena. Mas deixa claro que no momento não existem negociações nesse sentido, que critérios devem ser seguidos e que seria o governo brasileiro quem deveria demonstrar ou não interesse pela Opep. "A Opep é uma organização aberta", afirmou o diretor de comunicações da entidade, Omar Farouk Ibrahim. Questionado se seria interessante para a Opep ter o Brasil como membro, Ibrahim afirmou : "Não temos porque excluir um país se ele cumprir todas as exigências e demonstrar interesse. Só no ano passado tivemos a adesão de dois novos países: Angola e o retorno do Equador, que havia deixado a Opep há alguns anos". Hoje, a entidade conta com 13 membros. Segundo Ibrahim, para ser país membro há pelos menos três critérios a ser seguidos. "O primeiro deles é ser um exportador líquido de petróleo. O segundo critério é que nossas recomendações e decisões sejam seguidas por esse país (com relação à quantidade de produção). Por último, o governo deve ser quem venha nos procurar para demonstrar interesse na adesão", afirmou o diretor de comunicações. Em Viena, na sede da entidade, os comentários deixam claro que a adesão do Brasil à organização seria acima de tudo uma "decisão política". Oficialmente, a Opep se recusa a falar da descoberta do novo campo de petróleo no Brasil. "Não comentamos descobertas ou fatos envolvendo países que não fazem parte da organização", afirmou a assessoria de imprensa. Mas, nos bastidores, os recentes anúncios do campo de Tupi e de Pão de Açúcar/Carioca causaram surpresa e expectativas por parte dos diplomatas dos países que fazem parte do grupo.

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