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Opep não chega a acordo para maior produção de petróleo

Por Agencia Estado
Atualização:

Os ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não conseguiram neste sábado, em reunião informal em Amsterdã, o consenso necessário para acertar um aumento da oferta do petróleo, proposto pela Arábia Saudita. Ao encerrar o encontro, o atual presidente da organização e ministro de Energia da Indonésia, Purnomo Yusgiantoro, declarou que "há propostas sobre a mesa" e que "as consultas informais vão continuar" até a próxima reunião, convocada para 3 de junho, em Beirute. As "propostas" a que se referiu Yusgiantoro eram, na verdade, uma só: a da Arábia Saudita, feita na sexta-feira, de aumentar a produção da Opep em mais 2 milhões de barris diários. Atualmente, a produção está fixada em 23,5 milhões de barris diários. "Estamos profundamente preocupados com a persistente alta dos preços do petróleo nas últimas semanas", afirmou o ministro indonésio. De acordo com Yusgiantoro, "os ministros (da Opep) acreditam que a situação atual é resultado de uma combinação de muitos fatores, como o aumento das tensões em algumas regiões do mundo, as especulações no mercado de futuros e o aumento da demanda". A reunião, disse, foi convocada às pressas, aproveitando o encontro dos ministros no Fórum Internacional de Energia, que está sendo realizado também em Amsterdã. A Arábia Saudita surpreendeu os sócios da Opep ao afirmar que já havia se comprometido com os clientes em aumentar sua produção e de propor à organização aumento de 8% na oferta de petróleo. Países como Kuwait, Emirados Árabes, Catar e Iraque apoiaram a iniciativa, mas outros, como a Venezuela, recusaram. O ministro venezuelano de Energia e Minas, Rafael Ramírez, afirmou que seu país não apoiaria o aumento da oferta "porque o mercado está abastecido" e os altos preços atuais obedecem a fatores alheios à produção e, portanto, ao controle da Opep.

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