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Opep reúne-se em doha e deve manter cotas

Por Agencia Estado
Atualização:

Delegados de nações integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) começaram a chegar a Doha, no Catar, onde o cartel promove uma reunião na quarta-feira para discutir as condições mundiais de oferta e demanda de petróleo. A expectativa é que o cartel não mexa em suas cotas atuais de produção, em virtude da lenta retomada das exportações por parte do Iraque e dos níveis baixos de estoques do produto no mundo, especialmente nos EUA. Mesmo com o aumento recente da oferta por parte dos 11 países-membros da Opep, os estoques mundiais de petróleo e derivados têm seguido em níveis baixos, após dois meses de interrupção das exportações por parte do Iraque, o sétimo maior exportador antes da invasão liderada pelos EUA. A Opep vêm se mostrando preocupada com o impacto da retomada ds exportações iraquianas, mas ainda considera prematura a discussão de um enxugamento da oferta. "Nós temos de aguardar e monitorar os últimos dados", afirmou o secretário-geral da Opep, o venezuelano Alvaro Silva, em entrevista concedida ontem em Doha. Silva voltou a defender que outros produtores que não integram o cartel contribuam para a estabilidade dos preços. Ontem pela manhã, o presidente da Opep, Abdullah bin-Hamad Al-Attiyah, afirmou que o grupo está preocupado com a possibilidade de haver uma oferta excessiva de 1,4 milhão de barris de petróleo por dia no terceiro trimestre, caso o Iraque cumpra com as metas de produção estipuladas por representantes do setor petrolífero do país. Al-Attiyah, que também é ministro do petróleo do Catar, também reafirmou que espera que países não-membros do cartel, como o México, cooperem com uma eventual decisão da Opep de reduzir sua oferta. Em seu encontro anterior, em abril, a Opep decidiu elevar as cotas de produção para suprir as lacunas deixadas pela interrupção das exportações do Iraque. Nessa reunião, os ministros informaram que os países estavam prontos para conter a produção em 2 milhões de barris para abrir caminho para Bagdá, sem que isso afete negativamente os preços.

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