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Opep reúne-se hoje para decidir se aumenta produção de petróleo

Por Abu Dabi
Atualização:

Os ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) vão se reunir hoje, a partir das 6 horas (de Brasília), em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, para avaliar a atual política de produção. Operadores do mercado de petróleo vão acompanhar ansiosamente o encontro, no qual o poderoso ministro da Arábia Saudita, Ali Naimi, garante que todas as opções de política estarão sobre a mesa. A recente queda acentuada nos preços - os contratos futuros de petróleo em Nova York estão abaixo de US$ 90 por barril - convenceu alguns observadores de que o grupo pode optar por manter a atual produção inalterada no último encontro ministerial do ano. Por essa avaliação, integrantes da Opep continuariam a pesquisar a demanda de inverno no mundo industrializado, preferindo adiar qualquer decisão sobre mudança da produção até o início do próximo ano. "O mercado não precisa de mais petróleo", disse o chefe da indústria de petróleo da Líbia, Shokri Ghanem. "O mercado precisa de mais estabilidade e menos especulação", acrescentou. Outros dentro da Opep vêm reproduzindo este sentimento, observando que a queda nos preços depois de seguidos recordes tirou um pouco da espuma do mercado futuro, reduzindo a necessidade de um aumento da produção agora para conter preços estratosféricos. Contudo, a Arábia Saudita ainda tem de sinalizar sua posição e um delegado da Opep disse que o cartel ainda está avaliando se aumenta da oferta de petróleo em 500 mil barris/dia ou se a mantém estável em conseqüência do recuo dos preços. "Vamos olhar para toda a informação", disse o ministro saudita Ali Naimi. "Todas as opções estão abertas", acrescentou. Apesar dos preços do petróleo estarem abaixo da máxima histórica - pouco abaixo de US$ 100 por barril -, um aumento na produção pode ajudar a derrubar mais as cotações, aliviando as preocupações entre alguns na Opep sobre um substancial golpe na demanda por petróleo. Justificar uma decisão para manter a política de produção inalterada agora seria uma tarefa delicada para a Opep, com os preços permanecendo altos e grandes países consumidores pedindo ao cartel para aumentar a oferta. Depois de atingirem a máxima de US$ 99,29 por barril durante o pregão de 21 de novembro na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), os contratos de petróleo para o primeiro mês de vencimento (no momento, janeiro) caíram abaixo de US$ 90 por barril na sexta-feira. DOW JONES NEWSWIRES

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