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Operação Cevada: documentos chegam ao Rio nesta sexta

Por Agencia Estado
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O superintendente da Receita Federal da 7ª Região (Rio e Espírito Santo), César Augusto Barbiero, explica que os documentos permitirão "construir o crédito tributário que teria sido sonegado", estabelecendo o valor que a empresa teria de ter arrecadado e quanto, efetivamente, foi pago. Barbiero afirma que será feito "exame minucioso", que pode levar "alguns meses". Barbiero comentou que o ideal seria que o trabalho fosse concentrado num único lugar, "até para se ter uma idéia de conjunto". Segundo ele, na fase da investigação prévia projetava-se sonegação ao redor de R$ 600 milhões. Na quarta, circularam informações de valor perto de R$ 1 bilhão. A investigação contou, ainda, com a "concretização de interceptação telefônica e de mensagens eletrônicas, levadas a efeito através de ação cautelar", que ajudaram a verificar a "possível existência da estrutura aludida e que se destinaria a lesar o Fisco Estadual e Federal através de diversos artifícios, aumentando, assim, a lucratividade da produção e distribuição de bebidas". Petrópolis - O silêncio tomou conta das duas fábricas da Cervejaria Petrópolis, que produz as marcas Itaipava, Crystal e Petra, um dia depois da prisão de seu presidente do conselho, Walter Faria. Nenhum funcionário quis comentar o assunto. A Assessoria de Imprensa se limitou a informar que as fábricas operavam normalmente e a empresa somente se manifestaria após análise do caso pelos advogados. Em pouco mais de uma década - foi criada em 1993 -, a empresa conseguiu alcançar uma posição notável no mercado de cerveja nacional: 5,17%, quarto lugar, atrás da Inbev (68,3%), Schincariol (12,67%) e Kaiser (8,68%). Há cinco anos, Faria teve seu nome citado nas investigações do juiz José Isaac Birer, pela CPI do Narcotráfico. Birer teria beneficiado João Faria, irmão de Walter, em um processo de envolvimento com tráfico e teria deixado de pronunciar Walter em outro processo, de tentativa de homicídio.

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