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Operadoras terão de explicar qualidade do serviço móvel em CPI na Assembleia de SP

Presidentes da Vivo, Claro, Oi, Nextel e Tim terão de justificar as mais de 19 mil reclamações sem solução registradas pelo Procon-SP entre 2010 e 2014

Por Gheisa Lessa
Atualização:
Segundo o cadastro do Procon, a Vivo lidera o ranking com 6.741 reclamações no período, seguida por Claro (5.203), Oi (3.842), Tim (3.425) e Nextel (552). Foto: José Patrício/Estadão

Os presidentes das cinco operadoras que lideram a lista de reclamações do Procon-SP terão de prestar esclarecimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia Móvel, na Assembleia Legislativa de São Paulo. 

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O requerimento foi aprovado em sessão realizada nesta quarta-feira, 25, em que representantes do Procon-SP confirmaram mais de 19 mil casos de queixas não solucionadas pelas empresas entre 2010 e 2014.

Segundo o cadastro do Procon, a Vivo lidera o ranking com 6.741 reclamações no período, seguida por Claro (5.203), Oi (3.842), Tim (3.425) e Nextel (552).

"Os números constatados são absurdos. Está comprovado que o serviço das operadoras de telefonia móvel está muito aquém do que a população merece. Lembrando que esse tipo de serviço no Brasil é um dos mais caros do mundo e está longe de ter a melhor qualidade", disse o deputado que preside a comissão, Orlando Morando (PSDB).

Além da convocação dos presidentes das operadoras, a reunião desta quarta-feira aprovou o requerimento de convite à superintendente de Relação com Consumidores da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Elisa Vieira Leonel.

A próxima sessão, prevista para a quarta-feira, dia 4, já deve contar com a presença de um dos presidentes das operadoras investigadas. "Acho que nossas reuniões estão sendo produtivas. Em todas tivemos quórum suficiente, o que mostra a preocupação dos deputados com a causa", conclui Morando.

Na foto, a mesa presidida pelo deputado Orlando Morando (PSDB) e os representantes do Procon-SP. Foto: Divulgação

Venda de chip. Na última reunião da CPI, no dia 11 de fevereiro, o gerente-geral da Anatel de São Paulo, Everaldo Ferreira, afirmou que iria emitir um pedido formal à agência em Brasília para suspender a venda de novos chips de aparelhos celulares no Estado. A notificação deveria ser concluída em até 15 dias, data que expira nesta quarta-feira.

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"Ele ficou de enviar um ofício para Brasília e nos notificar do envio. Já pedi à secretaria da comissão para cobrá-lo, porque hoje o prazo se encerra", afirmou Morando.

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