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Oposição grega tenta formar coalizão contra Tsipras

Objetivo dos partidos é criar alternativa ao primeiro-ministro que renunciou ao cargo na última quinta-feira

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Por Redação
Atualização:

Partidos gregos de oposição iniciaram ontem uma tentativa de formar uma coalizão. Duas legendas, uma de centro-direita e a outra de extrema esquerda, decidiram usar seu direito constitucional de tentar, durante três dias, chegar a um acordo para formar um novo governo. A expectativa é que se trate de um exercício sem resultados práticos para a Grécia.

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Quando o primeiro-ministro Alexis Tsipras renunciou ao cargo na última quinta-feira, ele queria convocar eleições para o próximo mês. Assim, dentro de sua lógica, poderia voltar ao governo com a força das urnas e implementar o programa de resgate que ele negociou com credores como a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para evitar o colapso econômico do país. 

A Grécia conseguiu negociar um pacote de ¤ 86 bilhões com seus credores após longas negociações. Durante quase todo o mês de julho, depois de a Grécia se tornar a primeira nação desenvolvida do mundo a dar calote em um empréstimo do FMI, os bancos gregos tiveram de permanecer fechados para não quebrarem.

Os partidos que tentam a coalizão (o conservador Nova Democracia e a União Popular - fundada na sexta-feira, a partir de um desmembramento do Syriza, de Tsipras) parecem não compartilhar do senso de urgência do primeiro-ministro na definição de medidas relativas à ajuda financeira. Além disso, os dois partidos, mesmo unidos, têm apenas 101 dos 300 assentos no Parlamento grego. O resto está dividido entre legendas de esquerda e de direita que jamais formariam um governo.

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