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Oposição vai questionar no Congresso aquisição do BB

Por Marcelo de Moraes
Atualização:

A oposição vai questionar no Congresso a operação feita pelo Banco do Brasil para comprar 49,9% das ações do Banco Votorantim e pedir a divulgação da lista de investidores que tinham aplicações na instituição. O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), avalia que a negociação é suspeita e pode ter sido prejudicial aos cofres públicos, já que custou cerca de R$ 4 bilhões ao Banco do Brasil, sem que o governo federal tenha prestado esclarecimentos suficientes sobre os motivos da transação. Maia quer saber também se o governo autorizou a compra para proteger investidores que tinham aplicações no Votorantim. Por causa disso, Maia protocolou requerimento de convocação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, à comissão representativa do Congresso - a instituição parlamentar que responde pelos trabalho de Câmara e Senado durante o recesso parlamentar. A ideia é que a comissão se reúna para deliberar sobre o pedido ainda em janeiro, mas Maia já prevê que a decisão de convocação deva ser feita apenas em fevereiro, no início do ano legislativo. Para Maia, porém, a operação de compra exigirá muitas explicações da equipe econômica do governo. ?Queremos ver a lista de investidores para saber se a operação interessava a alguém, especificamente, que não podia correr o risco de ver o banco quebrando e perder seus investimentos. Não descarto nenhuma possibilidade nesse sentido?, diz o deputado. ?É preciso saber também se foi uma operação de socorro a um banco com problemas. Se esse foi o motivo da negociação, por qual razão o Banco do Brasil não ficou com o controle da maioria das ações, ao invés de comprar apenas 49,9%??, questiona Maia. Segundo ele, se havia má gestão e foi necessária uma intervenção, ?o governo estatizou o prejuízo do banco e manteve o lucro privatizado?. O presidente do DEM também acha que, se o Banco Votorantim estava com problemas e corria risco de quebrar, não havia razões para que o governo o socorresse com a compra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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