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Orçamento de Lavagna é considerado otimista

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Economia, Roberto Lavagna, enviará ao Parlamento nos próximos dias o projeto de Orçamento Nacional do ano que vem. O projeto de Lavagna, divulgado preliminarmente pelo jornal El Cronista, está sendo considerado excessivamente ?otimista?, já que possui metas que implicariam inexoravelmente um bom desempenho da economia argentina, abalada há quatro anos por uma recessão sem precedentes na história deste país. O projeto teria que ser enviado até o dia 15 de setembro ao Congresso Nacional, mesmo sem contar com definição alguma sobre um eventual acordo financeiro com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O Orçamento de Lavagna prevê um crescimento de 3% do PIB para 2003. Os analistas costumam erguer uma sobrancelha em sinal de desconfiança sobre esta previsão, já que, neste ano, a perspectiva é de que o PIB tenha queda de 11,3%, segundo o governo, mas de 16%, na opinião de diversos centros de estudos econômicos. Os analistas perguntam-se como será possível esse crescimento se as empresas argentinas não contam com crédito. Além disso, Lavagna prevê um crescimento de 5% nas exportações argentinas. Mas, atualmente, as exportações estão caindo, já que o preço das commodities está se reduzido. Enquanto a inflação calculada para este ano é de 60%, Lavagna promete que no ano que vem será inferior a 22%. Outra redução prevista pelo ministro é a do desemprego, que retrocederia 2%, caindo, desta forma, dos atuais 21,5% para 19,5%. O otimismo de Lavagna também está presente na área tributária. Segundo o ministro, a arrecadação aumentará 40% no ano que vem, em comparação com este ano. O cálculo do aumento da quantia arrecadada baseia-se na inflação, que infla esses valores, além da esperada reativação econômica. O superávit primário previsto pelo ministro é de 1,6% do PIB, o dobro do calculado para este ano. O governo argentino conseguiu a liberação de uma linha de créditos de 1,1 bilhão de pesos (US$ 301 milhões) que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial criaram para o país há cinco anos e só foi autorizada nesta semana. O destino desses fundos será exclusivamente o de obras de infra-estrutura, como construção de pontes, hospitais, estradas e obras de drenagem. No total, até o fim do ano, serão feitas as licitações de pelo menos 300 projetos que utilizarão o crédito. Este é o maior crédito que a Argentina recebeu desde que declarou o default da dívida externa pública, em dezembro do ano passado. Leia o especial

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