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Ordem de Lula é gastar 'tudo o que há de verba do PAC'

Por João Domingos
Atualização:

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse aos ministros, na reunião realizada ontem na Granja do Torto, que a ordem é "não haver investimento não realizado" e que eles devem "gastar tudo o que há de verba para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)." O presidente, de acordo com o relato da ministra, enfatizou que é preciso fazer com que o gasto seja realizado "de forma consciente". Ainda segundo Dilma, Lula determinou aos ministros que, para garantir a realização dos investimentos, trabalhem em conjunto com os prefeitos e com os governadores, principalmente para tratar das medidas nas áreas de saneamento básico e educação. A ministra, que costuma ser classificada por Lula como "a mãe do PAC", falou com jornalistas após participar de um debate na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília, sobre legalização de terras na Amazônia. Ela contou ainda que o presidente Lula ordenou a todos os ministros que façam esforço para "acelerar ainda mais o PAC." Dilma afirmou que o presidente Lula, ao ordenar aos ministros que garantam a conclusão das obras, quer que o País atravesse "com maior suavidade esse período de crise." A ministra reiterou a análise que vem sendo feita pelo presidente e pela maioria dos ministros, segundo os quais o enfrentamento dos efeitos da crise está sendo feito "com a consciência de que o governo, hoje, é parte da solução e não - como era antes - parte do problema" e que, "antes, o governo quebrava; hoje, o governo não quebra." Medida anticíclica Ainda segundo Dilma, o presidente Lula , ao ordenar aos ministros, na reunião de ontem, que trabalhem com governadores e prefeitos para "acelerar ainda mais o PAC", afirmou que o programa é "um instrumento anticíclico, porque a crise puxa (a economia) para baixo, e o PAC puxa para cima, aumentando o investimento." "Quando você aumenta o investimento, significa que você está tendo uma ação contrária ao ciclo. Se o ciclo é de crise, aumentar o investimento faz você manter o crescimento do País, garantir renda e emprego", disse. Ela lembrou que "só nas hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau (a serem construídas em Rondônia), serão 25 mil pessoas contratadas em cada uma das obras."

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