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Orientações e cuidados para as compras de Natal

Especialista recomendam fugir de parcelamentos e empréstimos para realizar as compras de Natal. Evitar comprar produtos de camelôs também pode evitar prejuízos futuros.

Por Agencia Estado
Atualização:

Nesta época de Natal, o consumidor vai às compras e muitas vezes se esquece de alguns cuidados para realizar uma compra consciente. Os especialistas em consumo aconselham o consumidor a fugir dos parcelamentos e dos produtos vendidos em camelôs. O consumidor precisa estar atento aos preços, formas de pagamento e qualidade dos produtos. A analista de mercado do Instituto Brasileiro do Consumidor (Idec), Lorena Contreras, recomenda ao consumidor realizar uma pesquisa de preços e qualidade para evitar prejuízos financeiros. "O consumidor deve realizar uma pesquisa de preços através de vitrines, jornais, TV e panfletos", ensina. O orientador em finanças pessoais Eduardo Silva aconselha o consumidor a verificar as opções de pagamento oferecidas pela loja antes de realizar as compras. "O consumidor deve preferir o pagamento à vista e fugir dos parcelamentos e juros altos", recomenda. Eduardo avalia que o consumidor só deve realizar um parcelamento se for realmente necessário. Se o consumidor optar em pagar as compras com cheques pré-datados, ele não deve deixar de emitir os cheques nominais à loja, anotando no verso o dia combinado para o depósito e exigir que essa informação conste da nota fiscal. Se o pagamento for feito com cartão de crédito, o consumidor deve estar atento se todos os campos do boleto estão preenchidos corretamente e se o cartão devolvido é realmente o seu. Fuja do cheque especial A recomendação do técnico de assuntos financeiros da Fundação Procon-SP, órgão de defesa do consumidor ligado ao governo estadual, Alexandre Costa Oliveira, é que o consumidor não gaste mais do que pode para realizar as compra de presentes de Natal e acabe com dívidas no cartão de crédito e no cheque especial. " O consumidor deve evitar empréstimos pessoais, utilizar o limite do cheque especial e parcelar compras no cartão de crédito. Os juros destas linhas de financiamento são elevados e podem levar o consumidor à inadimplência", avalia Alexandre. De acordo com pesquisa realizada pelo Procon-SP no mês de novembro, os juros do cheque especial e dos empréstimos pessoais em 14 bancos de São Paulo estão, em média, em 8,90% e 5,45% ao mês, respectivamente. Os juros rotativos do cartão de crédito, de acordo com pesquisa da Agência Estado, estão em 9,64%, em média. O orientador de finanças pessoais Eduardo Silva ressalta que os juros dos parcelamentos e dos empréstimos podem comprometer o orçamento do início de 2002. "As compras e parcelamentos excessivos podem se transformar em inadimplência. Principalmente, pelo vencimento de impostos no início de 2002", lembra. Em janeiro e fevereiro do ano que vem, o consumidor costuma ter o orçamento comprometido com impostos como IPVA e IPTU, seguro de veículo, mensalidade e material escolar. Evite comprar produtos de marreteiros A diretora do Procon-SP, Vera Marta Junqueira, aconselha o consumidor a evitar comprar produtos de camelôs. "Ao comprar produtos de marreteiros, o consumidor perde alguns de seus direitos, pois eles não oferecem nota fiscal, garantia ou manual de instrução dos produtos. Se o produto apresentar problemas, dificilmente o consumidor conseguirá trocá-lo", avisa Vera Marta. Vera Marta explica que os produtos de camelôs não seguem as normas técnicas de segurança do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). "Os produtos de camelôs se tornam um risco para as crianças, principalmente", destaca. Ela ressalta que a maioria dos produtos vendidos por camelôs são imitações ou falsificações de produtos de marca. O consumidor deve evitar especialmente produtos com arestas cortantes, materiais inflamáveis, materiais com vidros quebráveis, peças pequenas que as crianças possam engolir, materiais tóxicos e os aromáticos que possam ser confundidos com frutas ou doces. Exija nota fiscal A diretora do Procon-SP orienta o consumidor a nunca deixar de pedir a nota fiscal, que é um documento necessário para problemas posteriores à compra. "A nota fiscal garante o consumidor em caso de defeitos, problemas e trocas de produtos", avisa. Nas compras realizadas fora do estabelecimento comercial, como compras por telefone, catálogo e Internet, o consumidor tem o prazo de sete dias para devolver o produto por arrependimento e receber o dinheiro de volta. Se o consumidor tiver dúvidas ou reclamações a respeito de alguma loja ou empresa, ele deve procurar o órgão de defesa do consumidor de sua cidade. Em São Paulo, o Procon-SP atende no Poupatempo Sé (Praça do Carmo, sem número - Centro), Poupatempo Itaquera (Avenida do Contorno, 60 - Zona Leste) e no Poupatempo santo Amaro (Rua Amador Bueno,176/258 - Zona Sul). O consumidor pode obter informações sobre a quantidade de reclamações contra empresas pelo telefone 3824-0446 ou pelo site do órgão: www.procon.sp.gov.br Veja nos links abaixo dicas de especialistas de consumo para pechinchar nas compras de Natal, dicas de presentes para o Natal 2001 e recomendações para compras antecipadas.

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