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"Os juros precisam baixar e vão baixar", afirma Malan

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, afirmou que "os juros precisam baixar e vão baixar". Em audiência pública na Comissão de Orçamento do Congresso Nacional, ele disse que os juros altos são "insustentáveis" por um período prolongado de tempo. Segundo o ministro, a trajetória dos juros é declinante. "Baixarão com tanto mais intensidade e velocidade quanto mais sejamos capazes de mostrar não ao resto do mundo, mas a nós mesmos, à sociedade, que estamos sendo capazes de equacionar os nossos problemas", afirmou Malan à platéia de deputados. O ministro Malan falou sobre juros ao ser questionado pelo deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA) sobre as elevadas taxas, apesar de o País estar cumprindo suas metas. O ministro respondeu que numa perspectiva de médio e longo prazos, a trajetória é para baixo. "Estamos criando as bases para isso", afirmou Malan. Depois de fazer os cometários, o ministro afirmou que suas declarações não representam a antecipação da decisão que será tomada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) em sua reunião de março. Na reunião de fevereiro, os integrantes do comitê reduziram a taxa em 0,25 ponto porcentual, de 19% para 18,75%. Foi a primeira queda desde junho do ano passado. Amanhã será divulgada a ata dessa reunião. Malan reiterou que a redução da taxa de juros também está associada à consolidação do trabalho de ajuste fiscal, de cumprimento das metas de inflação e da capacidade de o Brasil demonstrar que atingiu um estágio de amadurecimento, onde eleições presidenciais podem ser encaradas apenas como "uma eleição". O ministro da Fazenda recomendou àqueles economistas que consideraram conservadora a redução de 0,25 ponto "a lerem" os relatórios de inflação do Banco Central e também a carta pública enviada pelo presidente do BC, Arminio Fraga, ao ministro da Fazenda no início de janeiro. "Se tivessem lido com cuidado esses documentos, eles (os economistas) teriam entendido a decisão do Copom", afirmou.

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