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Oscilação no mercado não afeta comércio, diz Furlan

Contudo, no longo prazo, ele admitiu que não é possível apontar as conseqüências sobre o dinheiro em circulação e sobre a demanda por bens de consumo

Por Agencia Estado
Atualização:

O comércio mundial não deverá ser impactado pelas turbulências no mercado internacional. Esta é a expectativa do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. "No curto prazo, não vemos nenhum efeito (da volatilidade sobre o comércio) porque os fundamentos do crescimento da economia continuam e, ao mesmo tempo, as exportações e importações brasileiras ocorrem num ritmo de grande vitalidade", declarou o ministro, após participar da XII Reunião do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, no Hotel Renaissance, em São Paulo. Contudo, no longo prazo, Furlan admitiu que não é possível afirmar quais serão as conseqüências das fortes oscilações dos mercados sobre o volume de dinheiro em circulação e sobre a demanda por bens de consumo. Na sua participação no evento, Furlan pediu para que as autoridades e empresários japoneses analisem a possibilidade daquele país estabelecer um acordo de livre comércio com o Mercosul. Queixas Negando que fazia uma queixa, Furlan destacou que 90% das importações japonesas de produtos brasileiros referem-se a insumos primários, enquanto que de outros mercados, sobretudo na América Latina, compram produtos elaborados ou semi-elaborados. "Cerca de 50% das importações japonesas de produtos brasileiros são de minérios de ferro e alumínio bruto", lamentou, explicando, depois, que somente gostaria de ver outros produtos dentro da pauta de exportação, não somente os básicos. Ironias Furlan usou de ironia para se esquivar das perguntas sobre sua saída do cargo, diante da proximidade da realização da reforma ministerial a ser anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao ser indagado se deixaria o cargo, ele respondeu que "sim", mas, diante dos pedidos de detalhamento sobre quando entregaria o ministério, tripudiou: "saio quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidir. Sempre foi assim".

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