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Otimismo com fusões e alta de commodities ditam ganho na Bovespa

Por ALUÍSIO ALVES
Atualização:

O ânimo criado com anúncios de fusões e um repique nos preços das commodities pôs o investidor na ponta compradora de ações na Bovespa, que se reaproximou do pico no ano, embora num dia de liquidez baixa. Apoiado principalmente nas blue chips, o Ibovespa subiu 1,59 por cento, para 61.316 pontos. Mas os negócios da sessão movimentaram apenas 3,92 bilhões de reais, o giro diário mais fraco desde 10 de julho. Anúncios de fusões envolvendo gigantes globais, como a compra da Affiliated Computer Services pela Xerox e a do braço de medicamentos da Solvay pela Abbott, produziram otimismo em Wall Street. O índice Dow Jones subiu 1,28 por cento. "Isso mexe com o mercado porque manda o recado de que empresas e investidores mostram que estão enxergando valor à frente", disse Ricardo Tadeu Martins, gerente de pesquisa da corretora Planner. Simultaneamente, o repique nos preços de matérias-primas deu argumentos para a alta das ações domésticas ligadas a esses setores. O papel preferencial da Petrobras ganhou 2,3 por cento, para 34,89 reais. A ação preferencial da Vale subiu 1,46 por cento, a 36,80 reais. O papel teve o preço justo revisado para cima pela Link Corretora, conforme relatório liberado nesta segunda-feira. Com base em novas premissas econômicas e do preço do minério, a corretora previu que o papel tem uma valorização potencial de 32 por cento sobre o valor previsto para o final deste ano, de 37 reais. O movimento positivo na bolsa paulista foi endossado pelos setores financeiro, imobiliário e siderúrgico, que figuraram entre os líderes de ganhos do Ibovespa. Em destaque, BM&FBovespa cresceu 4,7 por cento, a 13,40 reais. Fora do índice, a empresa de tecnologia Tivit tingiu de vermelho sua estreia no pregão da Bovespa, fechando o dia desvalorizada em 3,3 por cento, a 14,50 reais. FADIGA? Para Miguel Daoud, diretor da consultoria Global Financial Advisor, a combinação de alta das ações e baixo giro financeiro pode estar apontando que, embora o investidor ainda siga otimista, já não está tão disposto a continuar comprando. "O investidor agora vai ficar mais sensível a qualquer sinal de reversão no atual cenário de alta liquidez e juros baixos que permitiu a escalada das ações este ano", disse.

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