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Otimismo do consumidor tem queda de 0,48% em fevereiro

Por Agencia Estado
Atualização:

Após o recorde de otimismo registrado em janeiro deste ano, o Índice de Intenções do Consumidor (IIC), apurado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), teve leve queda de 0,48%, atingindo patamar de 126,68 pontos este mês. Apesar da redução, o indicador manteve-se em patamar positivo, a exemplo do verificado no primeiro mês do ano, quando ficou em 127,29 pontos, numa escala que varia de 0 (maior grau de pessimismo) a 200 (otimismo total). De acordo com a assessoria econômica da Fecomercio, o resultado do IIC deste mês deve-se, principalmente, ao ajuste já esperado do índice após o recorde de janeiro e que poderá ser mantido nos próximos meses. Na avaliação dos economistas, a pequena queda é explicada também pelo impacto negativo da manutenção da taxa de juros, a Selic, em 16,5% ao ano, definida na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Além disso, segundo a assessoria, a confiança no segundo ano do governo Lula começa a dar sinais de redução. Com a queda deste mês, o IIC encerra um período de três altas consecutivas. Mulheres estão mais otimistas do que homens A redução no otimismo pode ser verificada, principalmente, entre os consumidores com renda até dez salários mínimos. Neste grupo, o índice teve retração de 5,95%, em comparação a janeiro deste ano. Em fevereiro, as mulheres mostraram-se um pouco mais otimistas que os homens. Enquanto o grupo feminino registrou 127,75 pontos, o masculino teve queda de 1,52% e ficou no patamar de 125,60 pontos. Neste mês, 29,8% dos consumidores disseram pretender adquirir bens duráveis nos próximos 60 dias. O porcentual é praticamente estável em relação ao de janeiro deste ano, quando 28% dos entrevistados planejavam realizar esta compra. Em fevereiro, o DVD/Videocassete ocupou o primeiro lugar na preferência, com 19,54% das escolhas. O aparelho de som apareceu em segundo, com 11,59%. Demanda fraca permite corte da Selic A demanda fraca para o consumo é um dos fatores que permitem a queda da taxa básica de juros em até 1,5 ponto porcentual amanhã, na reunião do Copom, de acordo com o presidente da Fecomercio, Abram Szajman. Apesar disso, a entidade avalia que a taxa de juros será mantida em 16,5% ao ano ou cairá, no máximo, 0,25 ponto porcentual. A Fecomercio mantém a expectativa de que a Selic chegue ao fim de 2004 em 14% ao ano.

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