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PAC promete obras há muito esperadas por agricultores do MS

Para federação agrícola, recursos do programa devem ser aplicados rapidamente

Por Agencia Estado
Atualização:

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), divulgado na segunda-feira, 22, pelo governo federal, prevê obras há muito esperadas pelos produtores agrícolas do Mato Grosso. "Esperamos que esses recursos sejam de fato aplicados e o mais rápido possível. O Estado precisa muito de investimentos em logística", afirmou Homero Pereira, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato) e deputado federal eleito pelo PPS. O alto custo para levar a produção do Centro-Oeste aos portos e a outras regiões consumidoras do País é apontado por Pereira como um dos grandes entraves à competitividade da atividade agropecuária da região. "Da porteira para dentro somos muito competitivos, mas da porteira para fora perdemos muito", disse. Algumas das obras mais necessárias citadas pelo deputado estão previstas no PAC. É o caso da pavimentação da BR-163 até Santarém, no Pará, além da duplicação do trecho Rondonópolis-Cuiabá-Posto Gil e a continuação da BR-158 ligando o Mato Grosso ao sul do Pará, um caminho que depois levará a produção até Itaqui, no Maranhão. Também está prevista a pavimentação da BR-364 no trecho entre Diamantino e Campo Novo do Parecis. "São três estradas essenciais para o escoamento da produção agrícola do Estado", ressaltou Pereira. O PAC também prevê a dragagem e o aprofundamento do calado da hidrovia Paraná-Paraguai e a construção do trecho Alto Araguaia-Rondonópolis da Ferronorte. O programa prevê R$ 58,3 bilhões de investimentos públicos e privados em logística até 2010, dos quais R$ 33,4 bilhões apenas no modal rodoviário. Mais R$ 7,8 bilhões devem ser investidos em ferrovias, R$ 2,66 bilhões em portos e R$ 735 milhões em hidrovias. Retomada Homero Pereira vê boas perspectivas para a comercialização de grãos este ano no Mato Grosso, mas espera apenas para daqui a dois anos a retomada dos investimentos dos produtores no campo. "Em 2007 vamos começar a deixar a crise para trás. Embora o real esteja muito valorizado, os preços em Chicago estão bons. A virada mesmo será em 2008 e os investimentos devem ser retomados em dois anos", considerou. O Mato Grosso é o maior produtor de soja do País e neste ano (2006/07) deve colher 14,623 milhões de toneladas do grão, ante 15,878 milhões de toneladas na safra anterior, de acordo com números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A queda deve-se à redução da área plantada provocada pela crise do segmento nos dois últimos anos.

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