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Pacote ao Brasil ainda vai funcionar, diz Köhler

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor gerente do FMI, Horst Köhler, disse hoje, na abertura da reunião anual do FMI, em coletiva à imprensa, que o pacote de R$ 30 bilhões dado ao Brasil não fracassou. "A volatilidade que observamos agora no mercado brasileiro não é nenhuma surpresa e já era esperada", afirmou. "Ainda acredito que o pacote vá funcionar". Segundo ele, a volatilidade atual do mercado brasileiro tem a ver com a campanha eleitoral e o debate em curso. Sobre o desconforto dos investidores quanto à relação dívida/PIB, Köhler admitiu que a dívida brasileira é realmente alta. "Se olharmos o potencial do Brasil em termos de crescimento econômico e produtividade, a situação da dívida é sustentável", destacou. "O que eu escuto de todos os candidatos à Presidência, inclusive de Luiz Inácio Lula da Silva, é que eles querem explorar o potencial de crescimento do Brasil", afirmou. Segundo ele, explorar o potencial de crescimento é o melhor caminho para seguir adiante e manter a situação da dívida sustentável. Lula foi o único candidato citado nominalmente por Köhler. Indagado sobre qual conselho daria ao próximo presidente eleito do Brasil, Köhler disse que esse presidente deve definir logo suas políticas e, em seguida, tornar público o apoio aos principais elementos do programa do Brasil com o FMI. "Acho que seriam boas notícias porque demonstrariam continuidade em áreas cruciais de políticas econômicas sólidas", afirmou. Köhler disse que está convencido de que a transição política no Brasil será suave. O diretor gerente do Fundo disse que a definição pelo presidente eleito de suas políticas será uma prova de que o Brasil continuará no trilho de boas políticas e de que o apoio financeiro ao País é uma postura correta. Köhler disse, em relação à economia mundial, que o mundo enfrenta dificuldades, mas ele espera que a recuperação continue em curso, embora perspectivas da atividade econômica global tenham piorado.

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