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Padilha defende metas de crescimento no CDES

Por Renata Veríssimo
Atualização:

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, defendeu hoje o estabelecimento de metas de crescimento para o País. Em discurso em tom político na abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), realizada no Palácio do Itamaraty, Padilha disse que o País prescinde de uma nova agenda de desenvolvimento e que por isso é preciso superar desafios urgentes para criar um ciclo permanente de crescimento econômico. "A sustentação do modelo que desenvolvemos até hoje nos obriga a pensar metas de crescimento", afirmou Padilha, lembrando que em 2009, por causa dos efeitos da crise econômica mundial, a expansão da economia brasileira foi praticamente zero.Sem citar o candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, mencionou vários temas que viraram discurso de campanha da oposição. Padilha disse que hoje "muito se fala" em unir o Brasil, mas que não há um espaço mais democrático que possa unir o País que o CDES. Ele disse que o Conselho foi construído de forma empírica, dialogando e negociando, porque não havia, no início da década, nenhuma cartilha que pudesse delinear o modelo do CDES.O ministro afirmou, também, que para que todo mundo pudesse assumir o combate à inflação como tema central para o desenvolvimento do País, "muita gente teve de ser derrotada eleitoralmente", e que foi preciso uma crise internacional para "muita gente" assumir que a política social, a redução da pobreza e os investimentos aos mais pobres fossem central para o desenvolvimento do País.Padilha ressaltou também que para "muita gente" assumir que o Estado é fundamental para a economia, precisou "muita gente" quase quebrar durante a crise. O ministro lembrou que o governo adotou medidas de estímulo à economia, para o enfrentamento da crise e citou como exemplo o setor da construção civil. Ele destacou o fortalecimento do mercado interno e uma política externa soberana que, segundo o ministro, ajudou o Brasil a demonstrar força, durante a crise, já que não dependia tanto dos mercados dos Estados Unidos, Europa e Japão.Ele pediu aos conselheiros que ajudem a construir uma agenda para o País que seja de consenso entre eles. "Esse enfrentamento da crise do ano passado nos vislumbra alguns desafios que este Conselho precisa enfrentar", afirmou.

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