PUBLICIDADE

Publicidade

Padilha nega que intervenção no Rio tenha sido feita às pressas: 'Muito bem pensada'

Ministro da Casa Civil rechaçou possibilidade de que medida tenha sido tomada para enterrar reforma da Previdência

Por Carla Araujo e Idiana Tomazelli
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, rechaçou a possibilidade de a decisão do presidente Michel Temer de decretar a intervenção na Segurança do Rio - e, por consequência, enterrar a reforma da Previdência - tenha sido tomada às pressas. “A intervenção no Rio de Janeiro foi muito bem pensada”, disse o ministro, em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, ao lado de ministros e líderes. 

Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil Foto: Estadão

PUBLICIDADE

Ao ser questionado sobre o discurso do presidente Temer, que durante a assinatura do decreto disse que suspenderia a medida para votar a Previdência, Padilha disse que houve entendimentos diferentes, mas que na declaração do presidente do Senado, Eunício Oliveira, ficou mais claro que há um “impedimento jurídico”

Para Padilha, a situação no Rio ficou insustentável e o presidente e o governador Luiz Fernando Pezão, depois de diversos decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), concluíram “que tinha de ser dado passo maior”. “Tivemos que reconhecer que agora temos que ter uma pauta prioritária”, admitiu Padilha. 

O ministro reconheceu que o presidente vai usar a bandeira da Segurança Pública como seu legado nas eleições e que o anúncio da criação do ministério extraordinário da Segurança mostra isso. “O tema será sim uma marca do presidente Temer”, destacou. 

Bandeira antiga. Padilha afirmou ainda que o fato de não votar a Previdência não vai tirar de Temer a marca de "presidente reformista". “Gestão do Presidente Michel Temer é reformista por excelência”, disse Padilha, citando que Temer se expôs pela Previdência mesmo sem que ela tivesse efeito diretos para o seu governo. 

O ministro da Casa Civil disse ainda que a Previdência terá de estar na pauta deste governo e do próximo. “No fim do ano, se houver possibilidade de levantar intervenção, podemos votar Previdência”, afirmou Padilha, que destacou que “quanto à eficácia da ação do governo, estão aí os números”, citando juros e inflação em queda.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.