10 de novembro de 2009 | 08h50
"A taxa marginal de crescimento de 2,1% do PIB do terceiro trimestre que, anualizada, corresponde a 8,7%, não deve se repetir no quarto trimestre", prevê o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges. Segundo ele, o PIB do terceiro trimestre foi "inflado" pelo ajuste dos estoques. Após a brusca freada na produção industrial no fim de 2008, os empresários da indústria não acreditavam numa recuperação tão rápida e cortaram a oferta. Passaram dois trimestres enxugando estoques. Mas, a partir do segundo trimestre, a economia começou a reagir.
No terceiro trimestre, diz Borges, a produção foi fortemente acelerada para recompor os estoques que eram, em alguns setores, insuficientes para atender à demanda. "Houve problemas de abastecimento nos eletrodomésticos da linha branca e nos carros, ambos setores que tiveram corte de impostos para incentivar as vendas", lembra.
Fábio Silveira, sócio da RC Consultores, também projeta desaceleração de crescimento do PIB de 9% anualizado no terceiro trimestre para algo em torno de 6% neste trimestre. Ele atribui esse movimento à recomposição dos estoques queimados no primeiro semestre. Maurício Molon, economista-chefe do Banco Santander, acrescenta outro fator que está contribuindo para diminuir o ritmo de crescimento do PIB neste trimestre: o aumento das importações, favorecidas pelo dólar baixo. "O setor externo vai roubar o crescimento da economia." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Encontrou algum erro? Entre em contato