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País cria 44,9 mil empregos formais no campo em julho

Por Isabel Sobral
Atualização:

O setor agrícola teve grande destaque no mercado formal de trabalho brasileiro em julho, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho. A estatística revelou a abertura, no mês passado, de 44,9 mil novos postos de trabalho com carteira assinada - um saldo líquido, entre admissões e demissões no setor, cerca de cinco vezes superior ao de julho do ano passado. No acumulado do período de janeiro a julho, houve recorde de geração de empregos formais na agricultura, que acumulou 271,9 novos postos de trabalho, elevando o total de empregados com carteira assinada no setor para 1,770 milhão. Para o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a política do governo de elevação real (acima da inflação) do salário mínimo é um dos fatores que ajudaram a aumentar a atividade econômica nas regiões do País onde há maior produção agrícola. "A política do salário mínimo gera um efeito cascata em todo o sistema econômico. O aumento do poder aquisitivo aqueceu a economia, principalmente na Região Nordeste, que se encontra no auge de sua agricultura", afirmou Lupi. Ele destacou que em Pernambuco, por exemplo, os produtores "descobriram" a produção de uva. Outras safras que, segundo ele, colaboraram para o bom desempenho do mercado formal da agricultura foram o cultivo do café - beneficiando as contratações de mais empregados em Minas Gerais, Bahia e São Paulo - e o cultivo de frutas cítricas, principalmente em São Paulo. De acordo com o Caged, em julho, houve geração recorde de empregos (somando rurais e urbanos) em duas das cinco grandes regiões: Nordeste, com 40,8 mil novos postos, e Sul, com adição de 25,7 mil vagas formais. O Sudeste registrou 116,7 novos empregos, o Centro-Oeste, 11,1 mil postos, e o Norte, 8,7 mil.

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