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País pode trazer Cacciola 48 horas após confirmar extradição

Segundo o ministro da Justiça, Tarso Genro, governo brasileiro está pronto pode trazer ex-banqueiro de volta

Por Felipe Recondo
Atualização:

O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta quarta-feira, 16, em entrevista, que o governo está pronto para trazer de volta ao Brasil o ex-banqueiro Salvatore Cacciola, foragido da Justiça brasileira e preso em Mônaco. Nesta quarta, a Justiça de Mônaco atendeu a um pedido das autoridades brasileiras e concedeu a extradição do ex-banqueiro, condenado no Brasil a 13 anos de prisão por crimes de gestão fraudulenta, peculato e corrupção passiva. Tarso disse que o Brasil pode trazer Cacciola de volta em um prazo de 48 horas após o príncipe Albert II confirmar a concessão da extradição.   Veja também:  Justiça de Mônaco autoriza a extradição de Cacciola Brasil comemora extradição de Cacciola, mas pede cautela   "Isso (a concessão da extradição) foi extremamente importante, do ponto de vista simbólico, porque sinaliza para a sociedade que existe uma disposição de lutar contra a impunidade", afirmou o ministro da Justiça. "Esse símbolo é importante para a sociedade brasileira", acrescentou.   A expectativa do ministro da Justiça do Brasil é de que a extradição seja confirmada pelo príncipe Albert II em um prazo de 20 a 30 dias. Assim que Cacciola chegar ao Brasil, terá que responder aos processos que tramitam contra ele na Justiça. Segundo Genro, a decisão da Justiça de Mônaco mostra que o pedido de extradição pela Justiça brasileira foi bem elaborado.   Entenda o caso   O banqueiro Salvatore Cacciola era dono do Banco Marka e está foragido da Justiça brasileira desde 2000. Ele foi condenado a 13 anos de prisão, em 2005, por crimes de gestão fraudulenta, peculato e corrupção passiva durante a crise cambial que resultou na desvalorização do real, em 1999. Juntos, o Marka de Cacciola e outro banco, o FonteCindam, foram socorridos pelo Banco Central (BC) para não provocar uma crise no sistema bancário, mas teriam dado prejuízo de R$ 1,6 bilhão ao governo. Cacciola, que tem cidadania italiana, mora em Roma, onde é proprietário de um hotel. Ao se hospedar em um hotel de Monte Carlo, Cacciola acabou sendo preso porque o nome dele foi localizado pela polícia durante uma vistoria de rotina em fichas de hóspedes do principado - desde que fugiu do Brasil, o banqueiro passou a integra a lista internacional de foragidos da Interpol.

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