30 de abril de 2008 | 18h54
A agência de classificação de risco Standard & Poor's elevou o Brasil a grau de investimento - país considerado com baixo risco de calote de sua dívida. Porém, na avaliação de alguns analistas, muitos problemas, que têm relevância menor para a S&P, precisam ser resolvidos para que o País avance na classificação. Veja também: Ouça a íntegra da entrevista Brasil é elevado a grau de investimento 'É o aval de que passamos a ser donos do nosso nariz', diz Lula 'Brasil entra no clube dos mais respeitados', diz Mantega Como o presidente sempre diz, 'nunca antes neste País...' Entenda o que muda no Brasil Para o diretor de Estratégia para América Latina do banco WestLB, Ricardo Amorim, o principal deles é o elevado gasto do governo e o segundo, as elevadas taxas de juros. "O Brasil merece a mudança na classificação, mas há muito a fazer", afirma. Ele explica que o gasto público precisa cair para que os juros sejam reduzidos. "Além disso, o Brasil precisa melhorar o prazo médio da sua dívida". Amorim destaca que, mesmo sem o grau de investimento, o Brasil já vinha atraindo capital estrangeiro e esta tendência deve ficar ainda mais forte agora. Isso porque muitos investidores e instituições só podem levar recursos para países que têm esta classificação. "Portanto, vai aumentar, mas ainda não é possível dizer de quanto será este volume".
Encontrou algum erro? Entre em contato