PUBLICIDADE

Publicidade

País terá custo extra de R$ 6 bi sem usinas hidrelétricas

Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, se as usinas não saírem do papel, o setor terá que consumir eletricidade gerada por térmicas

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou nesta quarta-feira que o País terá um custo extra de R$ 6 bilhões entre 2011 e 2015 caso as usinas hidrelétricas do Rio Madeira não sejam construídas. O governo pretendia licitar os projetos ainda este ano, mas enfrenta dificuldades com o licenciamento ambiental das obras. Tolmasquim explicou que não há risco de falta de energia, se as usinas não saírem do papel, mas o setor elétrico terá que consumir eletricidade mais cara, gerada por térmicas. O projeto do Rio Madeira prevê a construção de duas usinas, Jirau e Santo Antônio, com capacidade total superior a 6 mil megawatts (MW) e investimentos de até US$ 7,5 bilhões. Os empreendimentos estão entre as principais obras de geração previstas para o País no Planejamento decenal do Setor Elétrico, que prevê o abastecimento do mercado nacional até 2015. O presidente da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos, afirmou nesta quarta que a estatal trabalha junto a ambientalistas para licenciar as obras até o final do ano. Tolmasquim não soube informar o impacto extra nas tarifas caso as usinas não saiam do papel, mas afirmou que "certamente" os R$ 6 bilhões "seriam repassados aos consumidores". Ele acrescentou que a energia da usina seria substituída por térmicas movidas a carvão, biomassa e óleo, com maior índice de emissão de gases poluentes. De acordo com estudo apresentado pelo executivo no 11º Congresso Brasileiro de Energia, no Rio, as emissões de gás carbônico sem as usinas do Madeira aumentariam em 15 milhões de toneladas até 2014. "A meu ver, o impacto ambiental seria maior sem as usinas."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.